A quarta-feira, 12 de novembro, foi movimentada na Fórmula 1. A Audi apresentou o conceito do carro que marca sua estreia na F1 em 2026, Toto Wolff confirmou negociações para vender parte de suas ações da Mercedes, enquanto Lando Norris manteve o discurso de pés no chão após vencer em Interlagos. Teve também bastidores de Gabriel Bortoleto e um sincero relato de Max Verstappen sobre a relação com o público brasileiro. 
A Audi revelou o R26 Concept em evento na Alemanha, antecipando linhas e filosofia do projeto que assume a estrutura da Sauber a partir de 2026. A marca destacou integração chassi-unidade de potência e uma identidade visual que antecipa sua chegada como equipe e fabricante de motores. No palco, Jonathan Wheatley — futuro chefe de equipe — falou em construir uma cultura de resiliência e “ousar redefinir o que uma equipe de corrida pode ser”, sinalizando a ambição da nova operação. 
O otimismo foi reforçado por Mattia Binotto, hoje liderança técnica do programa, que definiu como objetivo “lutar por campeonatos até 2030”. É uma meta de longo prazo, típica de projetos works, e que mira consistência além do primeiro ciclo regulatório 2026-2029. 
Do lado da Mercedes, Toto Wolff revelou que negocia a venda de parte de sua participação acionária na equipe, mas garantiu seguir no comando e no dia a dia de Brackley. A movimentação societária não altera a estrutura esportiva e foi descrita como um ajuste natural após uma década ao volante do projeto.
Dentro das pistas, Lando Norris — líder do campeonato — preferiu a cautela depois da vitória em Interlagos. O britânico ressaltou que a briga pelo título está apertada e que “cada centésimo” nas sessões de Q1, Q2 e Q3 pode significar largar na frente ou cair várias posições, reforçando o foco absoluto em execução nas quatro etapas finais. 
Gabriel Bortoleto, por sua vez, contou que recebeu apoio direto de Nico Hülkenberg após os contratempos no seu primeiro GP de São Paulo. O conselho do companheiro de equipe foi valorizado pelo brasileiro como parte do processo de adaptação em ano de estreia, especialmente em um fim de semana de alta pressão em Interlagos. 
Max Verstappen comentou a “virada” na relação com os fãs no Brasil depois do pódio em Interlagos, destacando a atmosfera do autódromo e o calor do público nas arquibancadas. O holandês afirmou que a recepção positiva o motiva no trecho decisivo da temporada, em que busca encurtar a diferença para os líderes. 
Em resumo: a Audi acelerou sua narrativa para 2026 com carro-conceito e metas ambiciosas; a Mercedes de Wolff sinalizou continuidade esportiva apesar de ajustes acionários; e no pelotão da frente, Norris mantém a cabeça fria, enquanto Bortoleto acumula aprendizados e Verstappen sai de Interlagos com moral elevada. Amanhã, seguimos de olho nas próximas movimentações do grid rumo ao fechamento da temporada.
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