Lewis Hamilton viveu uma das noites mais difíceis de sua trajetória na Fórmula 1 ao encerrar a classificação do GP de Las Vegas 2025 na última posição. Em seu primeiro ano pela Ferrari, o sete vezes campeão admitiu que a temporada se tornou “o ano mais duro” de sua carreira, especialmente após o resultado desta sexta-feira.
A queda precoce ainda é mais surpreendente porque Hamilton vinha demonstrando ritmo forte ao longo do fim de semana. No TL3, o britânico colocou a Ferrari entre os destaques, e chegou à classificação acreditando que finalmente teria um sábado competitivo. A frustração, porém, veio logo no Q1, quando ele não conseguiu tirar a SF-75B da última posição.
“Estávamos indo muito bem no TL3, o carro estava incrível e eu estava realmente animado”, afirmou Hamilton, que viu uma bandeira amarela no fim de sua última tentativa e precisou abortar parcialmente o ataque. “Tive uma bandeira amarela na última curva e depois outra na Curva 17, então precisei levantar. Mas, para ser honesto, eu não tinha aderência mesmo, então não acho que faria diferença.”
Hamilton nunca havia largado em último por desempenho puro em toda sua carreira na Fórmula 1. E o momento crítico chega justamente quando ele tenta manter outro recorde importante: fechar todas as temporadas de sua vida na categoria com pelo menos um pódio. Até agora, em 2025, ele ainda não conseguiu terminar entre os três primeiros com a Ferrari, e restam apenas três corridas para evitar que a sequência seja quebrada.

A tarefa não será simples. Largar de P20 em Las Vegas, uma pista de longas retas e condições extremamente frias, diminui drasticamente as chances de recuperação. Mesmo assim, Hamilton garante que seguirá lutando.
“Obviamente é horrível, não é uma sensação boa”, desabafou. “Tudo o que posso fazer é tentar deixar isso para trás e voltar amanhã. Fiz tudo o que podia em preparação. Em todos os TLs, principalmente no TL3, o carro estava ótimo. Eu achava que éramos os mais rápidos, e aí você sai da classificação em 20º. Este ano é definitivamente o mais difícil.”
Hamilton acredita que a Ferrari tem velocidade para reagir ao menos parcialmente na corrida. “Temos um carro muito bom, então vamos tentar amanhã. Mas vai ser muito difícil voltar do 20º lugar.”
O britânico chega ao domingo pressionado, mas determinado. Em um campeonato que já o colocou em situações extremas, a missão agora é segurar a temporada mais desafiadora de sua carreira e, quem sabe, salvar mais um pódio antes do fechamento do campeonato.
