F1: Haas bate na trave em Las Vegas com Ocon em 11º e Bearman em 12º

A Haas voltou a mostrar competitividade na Fórmula 1 no GP de Las Vegas 2025, mas deixou a corrida sem pontos após uma disputa intensa no meio do pelotão. Esteban Ocon terminou em 11º e Oliver Bearman em 12º, resultado que manteve a equipe na oitava posição do Mundial de Construtores com 70 pontos. O time norte-americano teve ritmo consistente e execução sólida, porém esbarrou em limitações de desempenho que impediram uma presença no top-10.

No primeiro parágrafo já fica evidente o equilíbrio da Haas durante a etapa, o que reforça sua capacidade de extrair bons resultados mesmo diante de uma prova complexa e marcada por pouca degradação. A largada da corrida foi especialmente movimentada para Bearman, que saiu em 14º e chegou a ocupar a sétima posição na primeira volta, aproveitando o caos inicial na abordagem da curva 1. Mas o britânico não conseguiu sustentar o avanço e acabou perdendo posições ao longo do stint com os pneus médios, lutando para controlar o carro nas curvas de baixa velocidade. “Estava difícil de pilotar nas curvas lentas e não consegui encontrar ritmo”, explicou. “No fim, o composto duro até funcionou um pouco melhor, mas havia desgaste no último stint.”

Ocon, por sua vez, fez uma corrida mais consistente e permaneceu próximo da zona de pontuação durante grande parte das 50 voltas. Largando em 13º com pneus médios, o francês ganhou uma posição logo no início e depois avançou para 11º após o abandono de Liam Lawson. Ele fez sua parada na volta 27 para colocar o composto duro e voltou à pista em 13º, iniciando uma recuperação importante que incluiu uma ultrapassagem sobre Fernando Alonso e outra sobre Bearman. A partir daí, partiu para cima de Lewis Hamilton pela última posição pontuável, reduzindo a diferença para apenas 1,2 segundo antes da bandeirada. “Acho que fizemos uma boa corrida, embora tenha faltado um pouco de ritmo para entrar nos pontos”, declarou. “Se tivéssemos mais umas cinco voltas, talvez desse.”

Segundo o chefe de equipe Ayao Komatsu, a Haas fez uma boa leitura estratégica diante de um fim de semana atípico, marcado por perda de tempo de pista no TL2 e por uma classificação sob chuva. “Foi difícil prever o comportamento dos pneus, mas reagimos bem”, disse. “No fim, o que pesou foi não termos conseguido extrair tudo no Q2 e uma leve falta de ritmo de corrida. Terminamos em P11 e P12, e isso mostra que, mesmo em uma prova menos favorável, ainda estamos competitivos. Agora, precisamos qualificar melhor e transformar isso em pontos nas duas últimas etapas.”

A Haas deixa Las Vegas com a sensação de oportunidade perdida, mas com sinais claros de evolução. O ritmo do VF-25 em stint longo agradou e a execução estratégica foi eficiente, porém os detalhes fizeram diferença em um meio-campo extremamente apertado. Ocon demonstrou regularidade e Bearman, mesmo enfrentando dificuldades, voltou a mostrar potencial em sua temporada de estreia.

A Fórmula 1 retorna no próximo fim de semana com o GP do Catar, que também recebe a Sprint e promete mais uma batalha intensa no pelotão intermediário. A Haas acredita que poderá ser mais competitiva em Doha, com chances reais de voltar à zona de pontos.



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