As atualizações implementadas pela Haas na reta final da temporada 2025 da Fórmula 1, tiveram papel decisivo para transformar o desempenho da equipe, segundo avaliação de Oliver Bearman. O pacote levado ao GP dos Estados Unidos, em Austin, impulsionou o time a conquistar a segunda maior pontuação de sua história em uma temporada na categoria.
O time norte-americano vivia um momento complicado no campeonato de construtores, quando optou por levar novos componentes para sua corrida em casa, incluindo um assoalho revisado. As mudanças chegaram em um momento em que vários concorrentes já haviam direcionado seus esforços quase integralmente para o projeto de 2026, que terá a entrada de um novo regulamento técnico.
Apesar de o ganho não ter sido suficiente para repetir o sétimo lugar obtido no ano anterior, a Haas encerrou 2025 com 21 pontos a mais do que havia somado em 2024, um salto significativo dentro do pelotão intermediário.
Bearman foi um dos principais beneficiados pelo novo pacote no VF-25. O britânico pontuou em cinco das seis últimas etapas do campeonato, com destaque para um quarto lugar no GP do México. Ao explicar o impacto das atualizações, ele foi direto: “Isso nos deu a sensação que estávamos buscando o ano inteiro”.

O jovem piloto detalhou que o ganho veio acompanhado de alguns desafios: “Basicamente, torna o carro um pouco mais no limite em algumas ocasiões, com condições específicas de vento e tráfego, por exemplo. Com esse upgrade, pode ser um pouco mais desafiador, mas acho que esse é sempre o compromisso que você assume, especialmente tão tarde em um ciclo de regulamentos”, afirmou.
Segundo Bearman, mesmo um avanço pequeno fez grande diferença no cenário atual da Fórmula 1: “Acho que nos deu alguns décimos, provavelmente nem alguns, talvez um décimo, um décimo e meio, mas do jeito que a F1 está no momento, isso já é suficiente para subir posições”.
Com mudanças previstas tanto no chassi quanto nos motores para a próxima temporada, Bearman reconheceu que seguir desenvolvendo o carro de 2025 representava um risco. Ainda assim, ele defendeu a decisão da equipe: “Claro que foi um risco levar essa atualização tão tarde na temporada com os novos regulamentos no ano que vem”, acrescentou.
Para ele, no entanto, a aposta se justificou diante da realidade da equipe: “Mas acho que, com base na nossa posição, e cada posição no campeonato de construtores é extremamente valiosa para uma equipe como a Haas (se referindo à premiação em dinheiro que as equipes recebem em relação ao seu posicionamento no campeonato), fizemos a escolha certa”, completou.
