F1: Haas abre espaço para piloto da Toyota, mas reforça que desempenho vem primeiro

A presença cada vez maior da Toyota no projeto da Haas para a Fórmula 1 tem levantado questionamentos sobre os próximos passos da parceria, especialmente no que diz respeito a pilotos. Ayao Komatsu, chefe da equipe norte-americana, deixou claro que existe abertura para ampliar essa cooperação no futuro, mas fez questão de reforçar que qualquer decisão passará, antes de tudo, pelo critério de desempenho.

A Toyota anunciou recentemente que será patrocinadora principal da Haas a partir da temporada 2026, aprofundando um relacionamento que já vinha sendo construído desde o acordo técnico firmado anteriormente entre as duas partes. Apesar do aumento do investimento e da visibilidade da montadora japonesa dentro da equipe, Komatsu descartou qualquer interpretação de que isso represente um movimento rumo a uma aquisição completa da Haas.

Segundo o dirigente, o foco central da parceria está no desenvolvimento de pessoas, incluindo engenheiros, mecânicos e também pilotos. Ao ser questionado se a Toyota já levantou a possibilidade de ter um de seus pilotos competindo de forma fixa na Fórmula 1 pela Haas, Komatsu confirmou que o assunto existe. “Sim, claro. Um dos objetivos deles, entre vários outros, é exatamente esse, desenvolver pessoas, e os pilotos fazem parte disso”, explicou.

A Toyota conta com um vasto programa de formação, com pilotos atuando em categorias como o Mundial de Endurance, a Super Formula japonesa e outras competições internacionais. Ainda assim, Komatsu deixou claro que esse fator, por si só, não garante uma vaga no grid. Para a Haas, o desempenho continua sendo o ponto inegociável em qualquer escolha.

Esteban Ocon (FRA) Haas VF-25.
Foto: XPB Images

“O principal é que o desempenho vem em primeiro lugar”, afirmou o chefe da equipe. “Qualquer pessoa que entre no nosso carro precisa ser a melhor opção possível do ponto de vista de performance.” Komatsu destacou que essa visão é compartilhada por todos os envolvidos no projeto, inclusive por Akio Toyoda, presidente da Toyota.

O dirigente foi direto ao abordar um cenário que a equipe quer evitar. Mesmo que exista o desejo de promover um piloto japonês oriundo da academia da Toyota, isso só aconteceria se ele estivesse pronto para competir em alto nível. Caso contrário, a iniciativa poderia ser vista como uma simples compra de vaga. “Isso viraria uma piada. As pessoas diriam que a Toyota está apenas comprando um assento com dinheiro”, comentou.

Komatsu reforçou que essa não é a filosofia adotada nem pela Haas nem pela Toyota. “Não é isso que Akio-san está fazendo. Não é isso que nós estamos fazendo. Sempre escolhemos pilotos que entregam desempenho”, concluiu.

Com a aproximação da grande mudança regulatória da Fórmula 1 em 2026, a Haas vê a parceria com a Toyota como uma oportunidade estratégica de crescimento técnico e estrutural. No entanto, no que diz respeito ao grid de largada, a mensagem é clara: qualquer piloto, independentemente de origem ou apoio, só terá espaço se provar que pode fazer diferença na pista.



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