A possibilidade de retorno da Fórmula 1 à África do Sul, está sendo analisada, mas uma proposta para a realização de um GP no país tem sido considerada sem a ‘substância’ necessária pela Fórmula One Management (FOM). Recentemente, uma delegação do projeto liderado pelo circuito de Kyalami, se reuniu com representantes da FOM, mas a candidatura ainda enfrenta desafios significativos.
O interesse em voltar ao continente africano é grande, já que a África é o único continente sem um GP, e a África do Sul surge como uma forte candidata devido à sua infraestrutura estabelecida e à histórica conexão com a F1. O circuito de Kyalami, que sediou a última corrida de F1 no país em 1993, está à frente entre as propostas, com um projeto liderado por Tom Pearson-Adams, CEO da Kyalami 9 Hours, sendo o favorito no momento.
Contudo, fontes próximas à FOM indicam que a proposta ainda não convenceu completamente a organização, especialmente em relação à capacidade financeira e ao apoio necessário para viabilizar o evento. Estima-se que cerca de 96 milhões de euros sejam necessários para realizar uma edição do GP da África do Sul. Embora o governo sul-africano tenha apoio de patrocinadores potenciais, como MTN, MultiChoice e Heineken, a FOM parece cautelosa, já que Heineken já é um patrocinador global da F1, o que reduz a possibilidade de novos compromissos financeiros para um evento individual.

Outro obstáculo para a viabilidade do projeto, é a ausência de garantias governamentais, uma exigência da FOM para garantir que o evento seja financeiramente sustentável. A falta dessas garantias é vista como um ponto crítico para que a proposta avance.
Apesar da resistência da FOM, o ministério de esportes sul-africano, liderado por Gayton McKenzie, está empenhado em levar a F1 de volta ao país e segue buscando alternativas para fortalecer a proposta. No entanto, até o momento, a candidatura ainda não convenceu totalmente os responsáveis pela Formula One Management.
