A FIA (Federação Internacional de Automobilismo) divulgou nesta sexta-feira (28), um comunicado após seu mais recente encontro com os pilotos da Fórmula 1, durante a programação do GP do Catar, para reavaliar as Diretrizes de Padrão de Condução. O conjunto de normas, criado em 2022 por solicitação dos próprios competidores e destinado a esclarecer o que é permitido em manobras de ultrapassagem e defesa, passou agora por sua terceira revisão desde que foi implementado.
A conversa ocorreu após decisões dos comissários gerarem desconforto no paddock. Além dos pilotos titulares, também participaram os três nomes indicados para atuar como pilotos-comissários na temporada de 2026. O grupo examinou uma série de episódios recentes, usados como referência para avaliar se as diretrizes estão sendo aplicadas de forma uniforme.
Entre os casos analisados estiveram a colisão de Oscar Piastri (McLaren) com Kimi Antonelli (Mercedes) no GP de São Paulo, e o toque entre Carlos Sainz (Williams) e Oliver Bearman (Haas) no GP da Itália. Foi revisado também o incidente envolvendo Sainz e Liam Lawson (Racing Bulls) em Zandvoort. A FIA voltou ainda à discussão sobre as violações de limites de pista cometidas por Lando Norris (McLaren) em disputa com Charles Leclerc (Ferrari) no GP dos Estados Unidos. O tumulto da primeira volta no GP do México, que envolveu diversos competidores, entre eles Max Verstappen (Red Bull) e Leclerc, completou a análise.
No comunicado, a entidade destacou que o encontro reforçou a necessidade de maior atenção às bandeiras amarelas e mencionou a possibilidade de adoção de um novo conceito voltado a ampliar a segurança. Também houve consenso de que, quando informações relevantes não estão totalmente disponíveis durante a prova, as audiências devem ocorrer após a corrida para garantir julgamentos mais precisos. A FIA e os pilotos reconheceram igualmente que nenhuma diretriz consegue abranger todos os cenários possíveis, razão pela qual a presença de um ex-piloto experiente no painel de comissários foi defendida como indispensável. A discussão ainda abriu espaço para a possibilidade de incluir orientações adicionais sobre o uso de bandeiras azuis em situações de aproximação de carros mais rápidos.
A federação encerrou o posicionamento indicando que seguirá monitorando a aplicação das DSGs e poderá promover novos ajustes ao longo da temporada, caso julgue necessário.
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