A FIA agiu rapidamente para bloquear uma potencial brecha nos novos regulamentos técnicos da Fórmula 1 para 2026. As últimas mudanças nas regras da F1 envolvem um aperto nas restrições sobre o controle de temperatura dos medidores de fluxo de combustível, dispositivos essenciais presentes em todos os carros a partir da nova temporada.
Depois da reunião do Conselho Mundial de Esportes a Motor da FIA, ocorrido em dezembro, a organização revisou a redação original dos regulamentos, que proibia o ‘aquecimento ou resfriamento intencional dos medidores de fluxo de combustível’. A nova versão, mais abrangente, afirma que ‘qualquer dispositivo, sistema ou procedimento cujo objetivo seja alterar a temperatura do medidor de fluxo de combustível é proibido’. Essa mudança visa evitar que equipes manipulem a temperatura dos medidores sem que isso seja considerado uma interferência intencional.
A alteração nos regulamentos ocorre no contexto da mudança significativa na Fórmula 1 para o uso de combustíveis totalmente sustentáveis a partir de 2026. Em vez do limite atual de 100 kg/h de fluxo de massa de combustível, a nova regra estabelece um teto de 3000 MJ/h para o fluxo de energia. O sistema também exige que todos os carros usem um medidor de fluxo ultrassônico padrão da Allengra, fornecendo dados tanto para as equipes quanto para a FIA.

Manipular a temperatura do medidor de fluxo de combustível poderia, teoricamente, alterar a precisão das medições ou a composição do combustível, oferecendo uma vantagem de desempenho. Embora não haja indicação ou confirmação de que as equipes estejam ativamente buscando essa manipulação, a FIA tomou a iniciativa de endurecer as regras para fechar qualquer brecha antes que pudesse ser explorada.
