F1: FIA reconhece desafios físicos com carros atuais após reclamações de pilotos

Alguns pilotos do grid atual da Fórmula 1, incluindo Max Verstappen, Fernando Alonso e George Russell, expressaram alívio por estarem prestes a se despedir da atual geração de carros da categoria, que segundo eles, apresenta sérias dificuldades físicas. Verstappen, por exemplo, afirmou que seu corpo ‘está se desintegrando’ devido ao desconforto provocado pelas características dos carros, com sua coluna constantemente dolorida e os pés sempre machucados. O tetracampeão disse que, ao fazer exames, os resultados não foram animadores, comparando a situação com a de pilotos de motocross.

Tais críticas foram direcionadas principalmente aos carros de efeito solo, que são pesados, grandes e difíceis de manobrar em curvas lentas, além de exigir um ajuste extremamente rígido, o que agrava o esforço físico. Mesmo após a resolução de problemas como o ‘porpoising’, os carros atuais continuam a causar desconforto significativo para os pilotos.

Em resposta às queixas, o diretor de monopostos da FIA, Nikolas Tombazis, admitiu que a pressão física gerada pelos carros da geração atual, não havia sido antecipada pela federação. Segundo Tombazis, a baixa altura e os ajustes rígidos dos carros eram fatores que, embora esperados, geraram mais desconforto do que o previsto.

No entanto, a FIA acredita que as mudanças nos regulamentos para 2026 irão atenuar esses problemas. A partir do próximo ano, os carros terão uma aerodinâmica ajustada para um funcionamento menos agressivo, com a altura de corrida sendo ligeiramente mais alta e os carros, em geral, mais suaves e leves, visando melhorar a aderência mecânica.

Largada
Foto: XPB Images

Embora a FIA esteja otimista, Tombazis alertou que é impossível garantir com certeza que não surgirão outros problemas imprevistos, como ocorreu com o ‘porpoising’, que surpreendeu a todos no início do ciclo atual de regulamentos. De qualquer forma, ele acredita que a tendência é que os carros de 2026 apresentem menos problemas físicos para os pilotos.

Além disso, Simone Resta, diretor técnico adjunto da Mercedes, destacou que as equipes aprenderam a lidar com essas questões ao longo do tempo. O problema do ‘porpoising’, por exemplo, foi uma preocupação no início de 2022, mas com o tempo as equipes conseguiram adaptar seus carros e reduzir os impactos desse fenômeno.

Mesmo com as críticas e dificuldades enfrentadas pelos pilotos, os ajustes para 2026 trazem uma expectativa positiva, embora as equipes continuem a aprender com as lições do ciclo atual para garantir um ambiente mais confortável e competitivo para os pilotos no futuro.



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