F1: Ferrari estaria trabalhando em motor “revolucionário” para 2026

A Ferrari está desenvolvendo um motor descrito como ‘revolucionário’ e mantido sob sigilo absoluto para a temporada de 2026 da Fórmula 1, segundo informações divulgadas pelo site italiano Motorsport.com. A nova unidade de potência contará com um sistema de admissão inédito, que promete marcar uma ruptura tecnológica em relação aos motores atuais.

Essas novas regras da Fórmula 1, que entram em vigor em 2026, representarão uma das maiores transformações técnicas na história da categoria. Os carros terão 50% de eletrificação, combustíveis totalmente sustentáveis e aerodinâmica ativa, exigindo soluções criativas das equipes e fabricantes de motores.

De acordo com as informações, a Ferrari está desenvolvendo um novo cabeçote de cilindros em liga de alumínio, equipado com um sistema de admissão altamente secreto. A solução atual substitui o projeto anterior, em aço, idealizado por Wolf Zimmermann, então chefe de pesquisa e desenvolvimento do motor de combustão interna, que foi descartado por problemas de confiabilidade.

Zimmermann deve deixar a Ferrari assim que concluir seu trabalho no motor de 2026, com destino provável à Audi na F1, que estreia na categoria na próxima temporada, assumindo integralmente a Sauber. Ele deve ser acompanhado por seu vice, Lars Schmidt, enquanto Enrico Gualtieri, atual diretor técnico da divisão de unidades de potência, deve assumir o comando do departamento na Scuderia.

A troca de conceito e de liderança técnica teria causado atrasos no cronograma de desenvolvimento, deixando a Ferrari um passo atrás da Mercedes, considerada a fabricante mais avançada na preparação para as novas regras. A Honda, que retornará oficialmente à F1 como fornecedora da Aston Martin, também aparece próxima nesse estágio.

F1: Ferrari estaria trabalhando em motor “revolucionário” para 2026
Foto: XPB Images

Segundo o Motorsport.com, apesar do contratempo, o novo projeto da Ferrari é visto internamente como promissor e deve garantir competitividade à equipe. Ainda assim, a marca italiana estaria ‘correndo atrás do prejuízo’ para reduzir a diferença em relação à Mercedes, que historicamente dominou a categoria após a última grande mudança no regulamento de motores, em 2014.

Enquanto isso, Lewis Hamilton e Charles Leclerc seguem enfrentando um ano difícil com o carro atual, o SF-25, mas podem se beneficiar da nova tecnologia a partir da próxima temporada.

O cenário de 2026 terá a Audi F1 e Red Bull Powertrains-Ford se juntando a Ferrari, Mercedes e Honda na lista de fabricantes de motores. O chefe da Red Bull Racing, Laurent Mekies, reconheceu recentemente que seria ingênuo esperar que sua equipe consiga rivalizar de imediato com Mercedes e Ferrari, enquanto Christian Horner, ex-chefe da equipe, afirmou que seria embaraçoso para as marcas tradicionais se o novo motor da Red Bull superasse seus concorrentes já no início da nova era técnica.



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