A Ferrari já definiu a data de apresentação de seu carro para a temporada 2026 da Fórmula 1. O chefe da equipe, Fred Vasseur, afirmou que o modelo será apresentado em 23 de janeiro, em Maranello, com um shakedown previsto para ser realizado na pista de testes em Fiorano.
O time italiano chega ao início do novo regulamento da categoria sob forte pressão após uma temporada 2025 sem vitórias em GPs, marcada por dificuldades e resultados abaixo do esperado. Depois de brigar pelo título até a última etapa em 2024, a Ferrari terminou o campeonato deste ano fora do top-3 entre os construtores, ficando em P4 e aumentando a cobrança por uma reação em 2026.
Segundo Vasseur, a escolha da data reflete metas de desenvolvimento consideradas agressivas, dentro do objetivo de encerrar o jejum de títulos que dura desde 2008: “Isso será agressivo com certeza, porque vamos terminar a montagem do carro no dia anterior à apresentação, que será em 23 de janeiro, em Maranello. Isso significa que vamos finalizar o carro no dia 22. É agressivo, mas todo mundo fará o mesmo”, disse ele.
Questionado sobre o nome que será dado ao carro da nova era técnica da F1, Vasseur preferiu manter o mistério: “Isso fará parte da apresentação e vocês vão descobrir um pouco mais tarde. Não quero estragar a surpresa nem estragar tudo”.
Além do evento de apresentação, o dirigente explicou como a Ferrari pretende abordar os primeiros testes da temporada. A equipe planeja ir a Barcelona, no fim de janeiro, com um carro menos desenvolvido, priorizando a coleta de dados e a confiabilidade: “Acho que todo mundo vai fazer isso. Nessa situação, o mais importante é ganhar quilometragem. Não é buscar performance”, afirmou.
Vasseur detalhou que a ideia é validar as escolhas técnicas do carro, especialmente em termos de confiabilidade, antes de partir para a busca por desempenho: “Não estamos mais acostumados a ter nove dias de testes. Nas últimas quatro ou cinco temporadas, tivemos três dias. É uma vantagem, mas também um programa completamente diferente”, acrescentou.
De acordo com ele, a Ferrari deve iniciar os testes com uma especificação inicial do carro: “Todo mundo vai chegar a Barcelona com, não um ‘carro-mula’, mas vamos chamar de ‘spec A’,” explicou. O francês ainda lembrou que, em mudanças regulatórias anteriores, como em 2014, o número de abandonos nas primeiras corridas foi alto: “Isso significa que o primeiro foco em Barcelona será ganhar quilometragem com o carro, entender a confiabilidade, onde precisamos melhorar e como reagir. Porque se você entende algo no Bahrein, no segundo teste, não terá tempo de reagir para a Austrália”, finalizou o dirigente francês.
GP de Abu Dhabi