O ex-chefe da Ferrari, Maurizio Arrivabene, comentou sobre a atual fase da equipe de Maranello, em meio a rumores sobre a insatisfação de Charles Leclerc e de Lewis Hamilton com o desempenho da escuderia. Em entrevista ao jornal italiano Tuttosport, ele falou sobre o desafio técnico da Fórmula 1 e analisou a gestão de Frédéric Vasseur.
“Quando você trabalha dentro da equipe, conhece certos mecanismos, certas dificuldades técnicas”, disse. “Um supercarro é feito de 5.000 componentes e você tem quatro anos para ajustá-lo. Um carro de Fórmula 1 tem 50.000 e você tem seis meses. Se você comete um erro, ele te acompanha por quase toda a temporada.”
Arrivabene elogiou o trabalho de Vasseur, destacando sua seriedade e conhecimento.”Vasseur é uma pessoa séria e entende do assunto. Eu tive uma vida fácil porque falava italiano e conseguia captar todas as nuances, todas as palavras e ideias de qualquer pessoa”, apontou ele.

Arrivabene também apontou deficiências atuais da Ferrari: “Estamos um pouco atrás em compostos e aerodinâmica, porque continuamos a fazer motores melhores do que qualquer um.”
Segundo ele, a vantagem das equipes britânicas está na tradição tecnológica e na proximidade com universidades. Ainda assim, vê progresso em Maranello: “É preciso paciência, mas a Ferrari está no caminho certo. E esse progresso também pode ser útil para o país. Não se trata apenas de vencer corridas, trata-se de progredir industrialmente”, concluiu o italiano.
A Ferrari perdeu a vice-liderança do campeonato de construtores para a Mercedes após o GP do Azerbaijão. Porém, a diferença para a equipe de Toto Wolff é de apenas quatro pontos e a escuderia de Maranello pode retomar a posição se desempenhar bem no GP de Singapura, que acontece entre 3 e 5 de outubro.
