A Fórmula 1 retorna em 2025 com a mesma McLaren dominante do fim da temporada passada, garantindo a primeira fila do grid em Melbourne com Lando Norris na pole e Oscar Piastri em segundo. No entanto, as estratégias para a corrida podem mudar drasticamente dependendo das condições climáticas. A previsão aponta para ventos fortes e chuva intensa no domingo, o que pode embaralhar as táticas das equipes e favorecer pilotos experientes em situações caóticas, como Max Verstappen, que larga em terceiro.
No GP da Austrália de 2024, a Pirelli trouxe os três compostos mais macios, tornando a corrida uma prova de duas paradas, com a maioria dos pilotos optando pela estratégia médio > duro > duro. Carlos Sainz, vencedor da prova, conseguiu estender seu primeiro stint com pneus médios até a volta 16, enquanto Charles Leclerc, seu então companheiro de equipe, antecipou a parada para a volta 9, usando o undercut para superar Lando Norris. Já Fernando Alonso tentou uma abordagem diferente, com duro > médio > duro, e chegou a ganhar posições antes de ser penalizado.
Para 2025, três cenários estratégicos são possíveis:
Cenário A: Corrida seca
Se a previsão estiver errada e o tempo permanecer seco, a corrida pode se tornar uma prova de apenas uma parada. A Pirelli fez ajustes nos compostos, tornando-os mais resistentes ao desgaste. O diretor da fornecedora, Mario Isola, afirmou que, caso o tempo se mantenha estável, a estratégia mais rápida no papel é médio > duro, com uma única troca entre as voltas 20 e 26.
Cenário B: Pista molhada antes da largada, mas corrida seca
Caso chova pela manhã, mas a pista seque antes da largada, a estratégia de duas paradas volta a ser a mais provável, pois a pista “verde” aumenta o desgaste e o risco de graining. Com isso, o plano ideal seria médio > duro > duro, com paradas previstas entre as voltas 13-19 e 33-39. Algumas equipes, como McLaren, Ferrari, Sauber e Haas, mantiveram dois jogos de pneus duros para essa possibilidade, enquanto a Mercedes optou por armazenar dois médios. Pilotos que não reservaram compostos duros suficientes podem recorrer a um plano macio > médio > duro, com um primeiro stint curto entre 6 e 12 voltas.
Cenário C: Corrida totalmente molhada
A possibilidade mais realista é a de uma corrida sob chuva intensa, com 80% de chance de precipitação antes da largada e 60% durante a prova. Caso isso aconteça, a estratégia se torna imprevisível. A Pirelli desenvolveu um novo composto para pneus de chuva extrema, que promete reduzir o superaquecimento e oferecer uma transição mais equilibrada para os intermediários. Se as condições forem severas, equipes podem optar por estratégias conservadoras, evitando trocas prematuras para intermediários.
Com um grid apertado e variáveis climáticas, o GP da Austrália promete ser um teste para as estratégias das equipes. A corrida está programada para 1h da madrugada de sábado para domingo no horário de Brasília (GMT -3), e o F1MANIA.NET acompanha tudo AO VIVO e EM TEMPO REAL.
O F1MANIA.NET acompanha o GP da Austrália ‘in loco’ com o jornalista Rodrigo França.