Nico Hulkenberg encerrou um longo jejum e conquistou seu primeiro pódio na Fórmula 1 no último domingo, ao terminar o GP da Inglaterra na terceira posição com a Sauber, após 239 corridas disputadas na categoria. A façanha foi resultado de uma combinação rara de desempenho, estratégia perfeita e, principalmente, trabalho coletivo dentro da equipe.
O alemão largou apenas da 19ª posição em Silverstone, mas se beneficiou das condições climáticas instáveis e de uma leitura precisa da equipe sobre o momento ideal para as trocas de pneus. Segundo o chefe da Sauber, Jonathan Wheatley, a colaboração interna foi essencial para o resultado.
“Honestamente, alguns de nós queríamos esperar mais uma volta antes de parar, porque a sensação no pit wall era de que era cedo demais”, afirmou Wheatley. “Por isso estou tão orgulhoso do time hoje (domingo). Os estrategistas, os engenheiros de corrida, até o engenheiro do Gabriel (Bortoleto) estava ajudando. Ele não simplesmente fechou o notebook e foi embora (após o abandono na corrida do piloto brasileiro), estava oferecendo conselhos valiosos. Esse espírito de equipe está crescendo cada vez mais”, disse ele.
A Sauber foi precisa ao avaliar o desgaste dos pneus intermediários e o momento exato para colocar os compostos para pista seca. “Tínhamos atenção ao clima, como todo mundo, mas Nico sentiu que os pneus já tinham acabado. E ele estava certo”, disse Wheatley. “A segunda decisão importante foi o momento de colocar os pneus médios. Esperamos, observamos com calma os outros pilotos, e acertamos no tempo.”
Questionado sobre a escolha dos compostos, o chefe da equipe explicou que os pneus macios nunca foram considerados uma opção concreta: “Estávamos discutindo com Nico se deveríamos colocar os duros ou os médios. Os macios só seriam uma opção se fosse mais para o fim da corrida”, acrescentou.
A decisão de esperar mais uma volta que Lewis Hamilton para trocar os pneus foi outro ponto crucial. Mesmo com o heptacampeão colocando pressão ao parar antes, a Sauber manteve a calma. “Lewis nos colocou sob pressão ao parar primeiro, mas tivemos uma conversa tranquila sobre o melhor momento de fazer isso. E acredito que aquela volta de diferença fez toda a diferença”, completou Wheatley.
A conquista histórica, celebrada intensamente por Hulkenberg e pela Sauber, foi um reflexo direto de uma atuação coesa e estratégica de toda a equipe, que, mesmo em um cenário inesperado, soube aproveitar cada oportunidade com precisão.
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