A vitória de Lando Norris no Grande Prêmio de Mônaco 2025 da Fórmula 1 foi o ponto alto de um fim de semana marcado por estratégias inusitadas e números impressionantes. Com a obrigatoriedade de duas paradas nos boxes, a corrida no tradicional circuito de rua ganhou contornos imprevisíveis e abriu espaço para desempenhos notáveis de McLaren, Ferrari, Racing Bulls e outras equipes.
O triunfo de Norris, o segundo dele na temporada após vencer na abertura na Austrália, marcou a primeira vitória da McLaren em Mônaco desde 2008, quando Lewis Hamilton subiu ao lugar mais alto do pódio. Além disso, representou o 16º triunfo da equipe no Principado, um recorde entre todas as pistas da Fórmula 1. Foi também a sexta vitória da carreira do britânico, que agora iguala seu companheiro de equipe, Oscar Piastri, no número de triunfos.
O pódio ainda teve Charles Leclerc em segundo, garantindo o melhor resultado da Ferrari em 2025 até agora. Foi apenas a segunda vez que o monegasco subiu ao pódio em Mônaco em qualquer categoria – ele venceu a edição de 2024. A Ferrari, por sua vez, chegou ao 58º pódio no circuito de Monte Carlo, sendo a equipe mais bem-sucedida nesse quesito.
Oscar Piastri fechou a prova em terceiro, conquistando seu sétimo pódio consecutivo e mantendo uma impressionante sequência de 34 fins de semana consecutivos marcando pontos – a terceira mais longa da história da F1. O resultado também assegurou o primeiro pódio duplo da McLaren em Mônaco desde 2007.
Outro dado curioso: os três primeiros colocados da corrida terminaram exatamente nas posições em que largaram – a terceira vez consecutiva que isso acontece no GP de Mônaco.
Max Verstappen, da Red Bull, terminou em quarto e ficou fora do pódio pela quarta vez nas últimas sete corridas, incluindo duas ausências consecutivas no pódio em Mônaco. Já Lewis Hamilton, que cruzou a linha em quinto com a Ferrari, continua sem subir ao pódio no Principado desde 2019. Apesar disso, o britânico foi o piloto que mais posições ganhou entre os que marcaram pontos – subiu duas colocações em relação ao seu lugar no grid.
Ocon levou a Haas à sua melhor posição na história do GP de Mônaco com um sétimo lugar e somou pontos pela terceira vez na temporada. Logo à frente dele, em sexto, apareceu Isack Hadjar com seu melhor resultado na carreira, seguido por Liam Lawson em oitavo – também o melhor desempenho do neozelandês na Fórmula 1. Foi a primeira vez desde 2019 que a equipe de Faenza colocou dois carros nos pontos em Mônaco.
Alex Albon terminou em nono pela segunda vez consecutiva no GP de Mônaco e mantém a consistência com pontos em quase todas as etapas deste ano. Com Carlos Sainz fechando o top-10, a Williams pontuou com os dois carros em Mônaco pela primeira vez em 20 anos.
Na contramão dos bons desempenhos, a Mercedes teve um fim de semana apagado: George Russell foi o 11º e Kimi Antonelli, o 18º. Foi a primeira vez desde o GP da Austrália de 2024 que a equipe deixou de pontuar com ambos os carros.
Fernando Alonso, que abandonou com problemas no Aston Martin, segue zerado após oito corridas em 2025 – sua pior largada de temporada em uma década. E Pierre Gasly, que vinha com 100% de aproveitamento em seis largadas anteriores em Mônaco, viu sua sequência ser interrompida com um abandono pela Alpine.
A edição 2025 do GP de Mônaco não apenas deu nova vida à disputa pelo campeonato, como também ofereceu uma enxurrada de estatísticas marcantes, consolidando ainda mais o valor histórico do circuito mais emblemático da Fórmula 1.
O F1MANIA.NET acompanha o GP de Mônaco ‘in loco’ com o jornalista Rodrigo França.