F1: Equipes pedem equilíbrio entre transparência e sigilo em investigações da FIA

A FIA vem sendo alvo de pedidos por maior transparência em seus processos investigativos. Casos recentes, como o possível conflito de interesses entre Toto e Susie Wolff, a influência do presidente Mohammed Ben Sulayem em decisões da direção de prova, e a acusação de uma funcionária da Red Bull contra Christian Horner, levantaram questionamentos sobre a atuação da entidade na Fórmula 1.

Embora trate-se de situações distintas, todas compartilham uma característica: a falta de informações sobre o andamento e desfecho das investigações. Peter Bayer, CEO da Visa Cash App RB e colega de Horner, defende a autonomia da FIA e a competência dos envolvidos na análise das investigações.

O dirigente reconhece, no entanto, o anseio por maior transparência: “O esporte cresceu muito em pouco tempo. Muita gente pede clareza. Precisamos entender onde podemos ser transparentes, mas ao lidar com denúncias individuais, é preciso garantir a proteção dos denunciantes. Contratos de trabalho, por exemplo, não devem ser divulgados. É um desafio. Como esporte, precisamos aprender e evoluir”, disse Bayer.

Mesmo concordando com a necessidade de transparência, o chefe da Ferrari, Fred Vasseur, ressalta a prioridade dos fãs: “Concordo com a necessidade de clareza, mas sinceramente, os fãs não me perguntam sobre processos judiciais. Eles querem ver disputas emocionantes nas pistas. Nunca tive um fã ou convidado interessado em casos jurídicos. Nosso foco deve ser o automobilismo.”

A FIA caminha por uma linha tênue. De um lado, precisa garantir o sigilo para proteger denunciantes e preservar a confidencialidade de contratos. De outro, enfrenta a cobrança por clareza em seus processos para fortalecer a credibilidade da categoria. O debate está posto, e encontrar o equilíbrio ideal será fundamental para a FIA seguir adiante.



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