Colton Herta tomou uma decisão drástica em sua carreira: deixar a IndyCar para disputar a Fórmula 2 em 2026, enquanto assume também o papel de piloto reserva na Cadillac na Fórmula 1, no ano de estreia da equipe na categoria. O americano de 24 anos reconheceu que está diante de um risco enorme, mas acredita que esta é a última oportunidade real de realizar seu sonho de chegar à categoria máxima do automobilismo.
“Todos viram o quão perto eu já estive antes. Acho que essa é a minha melhor chance de chegar à Fórmula 1”, afirmou Herta, lembrando a oportunidade perdida em 2023 com a equipe satélite da Red Bull Racing, a Racing Bulls, principalmente por ainda não ter os pontos necessários para a superlicença da FIA, necessária para um piloto correr na F1, algo que ele vai tentar conseguir no próximo ano na F2.
O piloto, que conquistou vitórias na Indy ainda aos dezoito anos e terminou o campeonato passado como vice-campeão, destacou a dificuldade da escolha: “Há um fator de risco. Foi uma decisão incrivelmente difícil, porque sei o que estou deixando para trás, um grande grupo de pessoas e uma categoria extremamente competitiva, onde se for o seu dia, você pode vencer. E sabemos que isso nem sempre é verdade na Fórmula 1, você precisa do carro certo para disputar na frente”, disse ele.

Apesar do desafio, Herta deixou claro que permanecer na IndyCar seria o caminho mais fácil: “Seria simples continuar lá, levaria uma vida muito parecida. Mas este é meu último tiro. Quero fazer isso, quero arriscar. Para mim, trata-se de lutar pelo meu sonho.”
O americano ainda reconheceu a dificuldade de se provar diante de nomes experientes como Sergio Perez e Valtteri Bottas, mas disse confiar plenamente no próprio talento: “Como piloto, você sempre aposta em si mesmo. Eu acredito em mim, acredito que sou rápido o suficiente. Se não acreditasse, ficaria na IndyCar. Vai ser muito trabalho entender as diferenças da Indy para a Fórmula 1, mas vou mergulhar de cabeça nisso, 100%”, acrescentou.
Mesmo apostando alto na Europa, Herta garantiu que não se despede de vez da IndyCar: “Não é um adeus definitivo. Vejo a mim mesmo voltando em algum momento da carreira, simplesmente porque amo essa categoria”, completou.
