Stefano Domenicali, CEO da Fórmula 1, adotou uma postura rígida contra as reclamações dos pilotos sobre o calendário cada vez mais extenso da categoria.
Max Verstappen já criticou várias vezes o formato Sprint, alegando que gera estresse extra para os mecânicos. Lando Norris concordou, chamando a situação de ‘insustentável’.
Essas reclamações se juntam às preocupações já existentes sobre o número recorde de corridas. Em 2024 serão 24 GPs, e há possibilidade de serem 24 novamente em 2025, além das seis corridas Sprint agendadas para este ano.
Domenicali afirmou na Autosprint italiana: “Eu converso com eles (pilotos). Se você não quer correr na Fórmula 1, não é obrigado. É uma questão de respeito aos fãs. Eles querem ver corridas, e é uma responsabilidade que temos com todos os fãs, parceiros, promotores, patrocinadores, emissoras, todos. Precisamos de heróis que curtam o que fazem, mas tenho certeza que eles estão se divertindo.”
Helmut Marko, consultor da Red Bull, reconhece os dois lados do debate, já que a empresa de bebidas energéticas está pagando a mais para sediar a corrida Sprint no GP da Áustria este ano.
“É simplesmente um bônus para os espectadores, e portanto, para a organização, que os fãs tenham classificação na sexta e corrida no sábado”, disse ele à Speed Week. “Do ponto de vista esportivo, sou mais fã do processo tradicional. Então, como organizador, sim. Como fã de corrida? Não.”
Verstappen também se posicionou contra o aumento do número de corridas Sprint de 6 para 12 por ano, como já foi cogitado. Domenicali, no entanto, defende a ideia: “Por que não?”, respondeu o italiano quando questionado sobre a possibilidade de mais corridas Sprint. “Elas são ótimas, porque assim há emoção todos os dias no final de semana. Temos o dever de garantir que haja ação na pista todos os dias. Por respeito aos fãs que vêm assistir”, finalizou o CEO da F1.