Apesar de bater vários recordes na Fórmula 1 em 2023, a Red Bull não considera que tenha sido uma temporada perfeita, de acordo com seu diretor técnico, Pierre Wache. Mesmo conquistando 21 vitórias em 22 corridas e quebrando marcas inéditas, a equipe reconhece que teve pontos fracos.
“Fizemos um bom trabalho, mas não um trabalho incrível”, afirmou Wache ao site oficial da F1, antes da apresentação do carro de 2024. “Identificamos múltiplas fragilidades no RB18 e buscamos resolvê-las no RB19. Não eliminamos todas, mas felizmente, conseguimos minimizar as deficiências para ter um bom desempenho nas pistas.”
Para Wache, o grande domínio da Red Bull também teve influência do baixo desempenho dos principais concorrentes. Ferrari e Mercedes, por exemplo, tiveram que trocar seus conceitos iniciais dos carros, o que abriu espaço para equipes como Aston Martin e McLaren também brigarem por vitórias.
“A força do nosso carro também foi a fraqueza dos concorrentes, porque não esperávamos ficar tão isolados”, disse ele. “Alguns até deram passos para trás em relação a 2022. A McLaren evoluiu bastante, mas acredito que outros times se perderam no caminho, o que nos beneficiou. Fizemos um bom trabalho, não nego, mas é preciso considerar o contexto.”
Wache acredita que ainda há espaço para evolução. “Com certeza demos outro passo com o RB20. Max (Verstappen) comentou algumas vezes que nossa capacidade de absorver impactos, e lidar com zebras e curvas de baixa velocidade não é a melhor. É justamente nisso que estamos focando para evoluir”, concluiu o diretor da Red Bull.