A Red Bull Racing não deve se livrar do ‘fantasma’ da correlação entre o túnel de vento e o carro real tão cedo, segundo Pierre Waché, diretor técnico da equipe, que afirmou que os problemas devem persistir na temporada 2025 da Fórmula 1.
Durante a temporada de 2024, Max Verstappen frequentemente reclamou da falta de concordância entre o desempenho esperado do carro em simulação e túnel de vento, com o comportamento real na pista. Isso levou a Red Bull apontar problemas de correlação como a causa para a dificuldade de acerto do RB20.
Waché afirmou ao Motorsport.com, que a discrepância entre teoria e prática torna o processo de desenvolvimento um desafio constante. “Se você tem um problema de correlação, não pode confiar plenamente nas ferramentas. E então você precisa ajustá-las para encontrar a correlação novamente. Até então, você tem dúvidas sobre tudo o que faz. Não é tanto que você esteja perdido, mas sim que tem dúvidas sobre os resultados que as ferramentas fornecem”, disse o francês.
Infelizmente para Verstappen e Red Bull, Waché não vê uma solução definitiva: “Não. Isso nunca será completamente resolvido”.
Além disso, a Red Bull enfrentará a dificuldade adicional de encontrar melhorias significativas no carro, com o regulamento permanecendo o mesmo em 2025. “Nesse caso, a precisão de suas ferramentas precisa ser cada vez maior”, acrescentou.
Mesmo com esse cenário preocupante, há um lado positivo. Como a imprecisão afeta todas as equipes, desde Ferrari e McLaren até Mercedes, o impacto competitivo pode ser neutralizado.
“É perigoso confiar cegamente no sistema. Não estou dizendo que não devemos confiar nele, mas é preciso manter tudo em perspectiva e saber que na pista você não reproduz exatamente o que testa”, finalizou Waché.