O CEO da Fórmula 1, Stefano Domenicali, admitiu que o ataque aéreo israelense em Doha, ocorrido em 09 de setembro, torna a realização do GP do Catar um tema sensível, mas afirmou que, até o momento, a corrida segue confirmada para acontecer conforme o calendário em 30 de novembro.
O bombardeio teve como alvo membros do Hamas, incluindo negociadores envolvidos em tratativas de cessar-fogo, e resultou na morte de cinco integrantes do grupo e de um agente de segurança do Catar. O episódio gerou forte reação diplomática de Doha e de aliados regionais.
Em entrevista ao jornal The Observer, Domenicali lamentou o ocorrido e reforçou que a F1 acompanha os desdobramentos de perto: “É algo muito trágico, muito difícil. Estamos monitorando a situação de perto, mas não estamos, hoje, em uma condição de dizer que há preocupação quanto à realização da corrida. Esperamos que o esporte traga positividade”, disse ele.

O dirigente também destacou o papel global da Fórmula 1 como uma plataforma de alcance e influência internacional: “Somos o único esporte mundial que, todos os anos, viaja pelo globo e se encontra com primeiros-ministros, reis, com todos, com as principais lideranças do mundo. Então, minha esperança é que, através da F1, possamos também falar sobre o quadro mais amplo do mundo em que vivemos”, completou.
Apesar das tensões, a organização mantém a expectativa de que o GP do Catar aconteça normalmente, com a Fórmula 1 buscando transmitir uma mensagem de união e resiliência em meio ao cenário de instabilidade.
