A deputada federal por São Paulo Erika Hilton [PSOL], usou suas redes sociais para anunciar que pediu uma investigação sobre a venda de ingressos do GP de São Paulo de Fórmula 1. O processo todo é realizado oficialmente pela plataforma Eventim.
Na última segunda-feira (17), foi aberta a venda para o público geral poder adquirir sua entrada para a edição de 2026 da prova brasileira da F1. Acontece que o público teve acesso aos setores às 12h, mas cerca de três minutos depois, tudo já estava esgotado. Antes, nas pré-vendas da Porto Bank e clientes Amex, a situação foi semelhante.
A situação trouxe uma série de reclamações dos fãs nas redes sociais, que pediram investigação de toda a venda pelo site e também alegaram problemas na Eventim como mensagens de ingressos disponíveis, mas que não existiam, ou erro na hora do pagamento.
Então, à SENACON [Secretaria Nacional do Consumidor], a deputada oficializou a investigação – Erika recebeu inúmeras mensagens sobre o processo e questionou como todos os ingressos se esgotaram tão rapidamente, especialmente pelo tamanho do evento.
“Não é normal que todos os ingressos de um evento que recebe, anualmente, um público de cerca de 300 mil pessoas, estejam esgotados 7 minutos depois do início das vendas, conforme apuração da imprensa. Por isso, estou requerendo que sejam apuradas as possibilidades de que parte dos ingressos tenha sido reservada para cambistas, para plataformas digitais de revenda ou para a venda em futuros lotes “extraordinários” mais caros”, escreveu.

“Também estou solicitando que a Eventim seja questionada sobre quais os métodos utilizados para proteger sua plataforma de bots de compras automatizadas e como são feitos os procedimentos de confirmação de identidade dos compradores. E sim, meu mandato está investindo um pouco de seu tempo nisso. Pois recebemos essa demanda de parte da população e entendemos que é direito de todas as pessoas que elas comprem em condições justas, transparentes e funcionais”, seguiu.
“Além disso, só entre 2022 e 2025, o setor de eventos recebeu cerca de R$ 60 bilhões de dinheiro público apenas com o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos, o Perse, isso sem contar eventuais outros benefícios. E o GP de São Paulo ocorre em Interlagos pois a prefeitura de São Paulo paga por isso. São cerca de 132 milhões de reais por ano pagos à Fórmula 1, além do investimento de R$ 500 milhões feito pela prefeitura para requalificar o Autódromo de Interlagos. Isso tudo é dinheiro público. Um setor que recebe tanto apoio do governo e da sociedade precisa se guiar pelas melhores práticas comerciais possíveis”, concluiu.
A edição 2025 do GP de São Paulo da F1 bateu recorde absoluto de público presente nos três dias de evento em Interlagos, com 303.627 espectadores presentes.
