O ex-piloto de Fórmula 1, David Coulthard deu um conselho importante para Carlos Sainz, que avalia suas opções na Fórmula 1 para a temporada 2025.
Sainz é uma peça chave no mercado de pilotos para a próxima temporada. O espanhol, dispensado pela Ferrari para a chegada de Lewis Hamilton no próximo ano, busca uma nova equipe para 2025.
Apesar do bom desempenho na Ferrari, Sainz irá perder seu lugar para o heptacampeão. Com várias equipes buscando pilotos para 2025, Sainz adota cautela em sua decisão. Isso afeta até mesmo o planejamento de outros pilotos, que aguardam a definição do espanhol.
Sainz pondera entre encontrar um cockpit competitivo em 2025 e garantir boas chances de brigar pelo título em 2026, com a entrada de novos regulamentos para motores e aerodinâmica.
Para Coulthard, vencedor de treze GPs na F1, Sainz deveria priorizar o desempenho em 2025 ao invés de projetar o futuro a longo prazo. Esse conselho surge em meio a rumores de que Sainz recusou ofertas de um ano de equipes como a Mercedes, que vem performando bem, devido à possibilidade de ser substituído por Kimi Antonelli em 2026.
“Na Fórmula 1 moderna, eu definitivamente, com o talento, a idade e tudo, iria atrás de performance”, disse Coulthard ao podcast ‘Beyond the Grid’. “Eu escolheria o carro que me desse melhor chance na pista no ano que vem.”
Para Coulthard, rumores sobre o preparo das equipes para 2026 não possuem valor real, já que é impossível prever quem irá dominar o novo regulamento de 2026.
“Eu não pensaria em 2026 porque ninguém sabe nada”, disse ele. “Seja qual for o rumor, Mercedes tem o melhor motor, Red Bull está em problemas… Eu vi uma citação de Christian (Horner, chefe da Red Bull) dizendo: ‘Bem, o cara que está indo para a Ferrari (Hamilton) deve ter visto algo…’, então, ninguém sabe de verdade até o carro ir para a pista. Porque, se eles soubessem, todas as equipes estariam no mesmo nível de performance, já que possuem o mesmo regulamento.”
Coulthard, que deixou a McLaren no final de 2004 e só fechou um novo contrato posteriormente com a Red Bull, disse que não teria hesitado em assinar um acordo de um ano com uma equipe competitiva em 2005, mesmo sem garantias para o futuro.
“Sim, se eu tivesse uma oportunidade de um ano em uma equipe que estivesse vencendo GPs, ou parecesse estar perto disso, com certeza”, disse ele, ao ser questionado sobre a escolha que seu eu mais jovem teria feito. “Porque você vai lá, se impõe, entrega resultados, e eles vão querer te manter”, acrescentou.
“Agora, você pode dizer: ‘Carlos estava indo bem, ganhando GPs e mesmo assim não o quiseram’. O problema dele foi a chegada já anunciada de um heptacampeão na Ferrari, o que é uma ótima história de marketing. A Ferrari só se promove através do automobilismo. Você nunca verá um comercial de TV, uma propaganda em revista. Eles só se anunciam pelo esporte a motor, e a Ferrari já colheu frutos e viu seu valor de mercado subir com a contratação de Hamilton.”
“Então, acho que para Carlos, a performance deve ser prioridade. Olhe para o Valtteri (Bottas), ele estava ganhando GPs e não sendo humilhado ao lado de Lewis na Mercedes. Ele foi para a Alfa Romeo (atual Sauber) e sumiu desde então, não porque esqueceu como pilotar. Mas o carro simplesmente não permite que ele se mostre”, finalizou Coulthard.