Equipe Red Bull esperava maior cautela diante da forte chuva em Interlagos
O Grande Prêmio de São Paulo deste ano foi palco de uma sequência de eventos intensos, culminando com a bandeira vermelha acionada após o acidente de Franco Colapinto. No entanto, o chefe da equipe Red Bull, Christian Horner, acredita que a corrida deveria ter sido interrompida mais cedo devido às condições climáticas extremas.
O domingo em Interlagos foi marcado por uma forte chuva, o que já havia adiado a sessão de classificação do dia anterior. Durante a corrida, o clima instável causou vários incidentes, levando a direção de prova a acionar o safety car.
Em determinado momento, a chuva se intensificou a ponto de tornar a pista impraticável. Mesmo assim, a corrida prosseguiu até que Colapinto perdeu o controle de seu carro, resultando em um acidente grave que forçou a exibição da bandeira vermelha.
Críticas de Christian Horner
Christian Horner não escondeu sua surpresa com as decisões tomadas pela direção de prova. “Houve algumas surpresas para mim nesta corrida. Uma delas foi que não houve bandeira vermelha mais cedo. Muitos pilotos sentiam que as condições estavam inseguras demais”, afirmou.
Ele também questionou as relargadas da corrida em condições que considerou precipitadas: “As relargadas também, depois de uma volta de saída e outra de entrada com o safety car, quando o fim do pelotão ainda não havia se agrupado, pareceram excessivamente ambiciosos para retomar a corrida”, explicou o chefe da equipe.
As declarações de Horner destacam um debate recorrente na Fórmula 1 sobre a segurança em condições de chuva extrema. A direção de prova enfrenta o desafio de equilibrar o desejo de continuidade da corrida com a necessidade de proteger os pilotos. O incidente de Colapinto e a decisão tardia pela bandeira vermelha levantam dúvidas sobre o momento certo para interromper corridas em condições adversas.
Caso semelhante ocorreu no GP da Bélgica de 2021, quando a chuva intensa resultou em uma corrida reduzida, mas sem acidentes graves. As críticas de Horner indicam que ainda há margem para aprimorar os protocolos de segurança em situações como a vista em São Paulo.