Quando a largada do GP da Emilia Romagna, marcado para o próximo dia 18 de maio, em Ímola, na Itália, for acionada, o automobilismo sul-americano viverá uma quebra de hiato na Fórmula 1. Isso porque, com a volta de Franco Colapinto, pela primeira vez em 24 anos o grid da categoria máxima do esporte a motor do mundo contará com um argentino e um brasileiro ao mesmo tempo.

Colapinto estará no grid pelo menos nos próximos cinco GPs defendendo a Alpine, que anunciou nesta quarta-feira o argentino na vaga até então ocupada por Jack Doohan. Por outro lado, desde o começo do ano, Gabriel Bortoleto defende a Sauber, o que faz com que a F1 volte a ter um representante de cada país sul-americano no grid.
A última vez que isso ocorreu foi há 24 anos. No dia 15 de abril de 2001, também em Ímola, que na época recebia o GP de San Marino, a corrida teve a presença de quatro pilotos brasileiros, Rubens Barrichello, pela Ferrari, Enrique Bernoldi, pela Arrows, Luciano Burti, pela Jaguar, e Tarso Marques, pela Minardi. Já Gastón Mazzacane, com uma Prost, foi o argentino da prova.
Curiosamente, além dos quatro brasileiros e de um único argentino, aquela corrida em Ímola ainda contou com outro sul-americano: Juan Pablo Montoya, colombiano que, na época, defendia a Williams, fazendo com que o grid tivesse nada menos que representantes de três países deste continente.
Após aquela corrida, Mazzacane acabaria substituído por Burti na Prost, enquanto o brasileiro, que correu em Ímola pela Jaguar, viu sua vaga ser ocupada por Pedro de La Rosa. Desde então, jamais o grid da F1 contou com um brasileiro e um argentino ao mesmo tempo. Colapinto, então pela Williams, quebrou o jejum portenho em 2024, enquanto Bortoleto é o primeiro brasileiro titular desde Felipe Massa, em 2017.