Com a chegada dos novos regulamentos técnicos em 2026, a Fórmula 1 vai ter combustível 100% sustentável e uma divisão 50-50 entre energia elétrica e motores a combustão. No entanto, os custos desse combustível preocupam as equipes.
O ex-chefe da Red Bull, Christian Horner, já havia comentado que essa mudança poderia representar “a maior área de diferença” entre algumas equipes do grid.
Durante o GP da Itália, o atual chefe da Red Bull, Laurent Mekies, demonstrou cautela ao comentar sobre as soluções para conter os gastos.
“Olha… Regulamentos completamente diferentes. Vai ser um avanço em termos de tecnologia. É a primeira vez que o esporte vai operar com combustível 100% sustentável. Vai ser um desafio incrível para todos os fabricantes de combustível e de unidades de potência extraírem o máximo desempenho desse combustível. Haverá uma camada de custo em algum momento, mas, no momento, isso vem bem depois das considerações sobre conseguir um combustível que atenda a esses requisitos extremamente altos e extrair o máximo de desempenho dele”, afirmou Mekies.
Fred Vasseur, chefe da Ferrari, reforçou que a questão dos custos precisa ser controlada, mas destacou os benefícios da mudança: “Honestamente, acho que não devemos subestimar o desafio de migrar para 100% de combustível sustentável. É um enorme avanço para a F1 e uma nova direção que estamos tomando. O combustível ainda não está definido, então é difícil saber exatamente o custo para o próximo ano. Mas com certeza será um pouco mais caro do que o atual. Não devemos subestimar o benefício do combustível sustentável. Acho que tem um custo, com certeza, mas é um enorme avanço para a F1”, disse ele.
A expectativa é que, com essas mudanças, a Fórmula 1 caminhe para ser Net Zero a partir de 2030, mas a definição do combustível e o impacto nos orçamentos das equipes ainda são questões em aberto.
