A temporada 2026 da Fórmula 1 promete marcar uma das maiores revoluções técnicas da história da categoria, e os chefes de equipe já começaram a projetar os impactos das novas regras no espetáculo das corridas. Durante a coletiva do GP da Arábia Saudita, Frédéric Vasseur (Ferrari), Andy Cowell (Aston Martin) e Peter Bayer (Racing Bulls) compartilharam suas visões sobre o futuro da F1.
Vasseur, chefe da Ferrari, reforçou que a próxima mudança será uma das mais profundas em 25 anos, com transformações significativas tanto nos carros quanto nos regulamentos esportivos. “Estamos falando de mudanças grandes no chassi, na unidade de potência e também nas regras esportivas. Ainda é cedo para prever se as corridas serão mais próximas, mas sabemos que haverá variações de desempenho. O DNA da Fórmula 1 é esse: desenvolver, buscar soluções e tentar alcançar os adversários”, afirmou.
Andy Cowell, da Aston Martin, destacou o papel da inovação tecnológica. “Vamos ver propulsão elétrica de 350 kW, combustíveis sustentáveis e um novo conceito aerodinâmico com menor arrasto. As diferenças de desempenho devem aumentar no começo, mas isso é parte do que torna o esporte empolgante. A chegada de novos fabricantes, como a Audi, e o investimento em novas tecnologias tornam essa jornada ainda mais interessante”, avaliou.
Peter Bayer, da Racing Bulls, apontou o histórico positivo da Fórmula 1 em implementar grandes mudanças técnicas. “Na última vez que houve um grande salto de regulamento, houve muita especulação, mas a FIA, a Fórmula 1 e as equipes conseguiram entregar um ótimo resultado. Esse é o compromisso que temos com os fãs”, disse.
Mesmo com visões otimistas, os três dirigentes foram cautelosos sobre previsões mais concretas. Vasseur resumiu bem o sentimento coletivo: “Não conseguimos nem prever com certeza o que vai acontecer nesta noite ou amanhã. Então, imaginar como será em nove meses ainda é um exercício de especulação.”