Mesmo sem apoio financeiro do governo, o Circuito Internacional de Sepang não descarta o retorno do GP da Malásia ao calendário da Fórmula 1. A última edição da prova aconteceu em 2017, pouco depois da chegada da Liberty Media, período em que o evento foi considerado financeiramente inviável pelo governo local.
O CEO do circuito de Sepang, Azhan Shafriman Hanif, afirmou ao Autosport que ainda acredita na volta da categoria ao país: “Tenho certeza de que a Fórmula 1 vai voltar algum dia, mas não agora”, afirmou. Ele explicou que o foco atual do governo está no que a população precisa, e não em gastar milhões de dólares em taxas de direitos, valores que segundo relatos, chegariam a cerca de US$ 70 milhões.
Ainda assim, Shafriman não vê a situação como definitiva. Questionado sobre a possibilidade de organizar a corrida sem recursos públicos, ele respondeu: “Eu não diria que é impossível. Precisamos apenas encontrar o parceiro certo para entrar. Mas claro, quando pagam dinheiro alto, ativos e assim por diante, o que eles recebem em troca? São coisas que precisamos considerar e discutir mais”, disse ele.
O dirigente destacou que Sepang estaria pronto para receber a Fórmula 1 se uma oportunidade surgir, desde que o governo não seja sobrecarregado pela taxa de direitos. Ele lembrou também que há forte concorrência por vagas no calendário da categoria, com países como Ruanda, Argentina e Tailândia buscando espaço para novas etapas, em meio às mudanças previstas após 2026, quando Zandvoort deixará o calendário e Spa-Francorchamps passará a aparecer em anos alternados.

Shafriman reconheceu que outros circuitos ao redor do mundo estão se reinventando para permanecer relevantes, mas destacou que Sepang já possui uma base sólida: “Em termos de homologação e das instalações que temos aqui, só precisamos ajustar algumas coisas para estarmos preparados”, acrescentou.
Por enquanto, o foco principal do circuito permanece na MotoGP, que continua sendo o grande evento internacional da pista. Ainda assim, Shafriman mantém esperança: “Quem sabe, outras categorias internacionais também venham para cá além da MotoGP”, finalizou o CEO do circuito.
