F1: CEO da Liberty Media espera embates para o novo “Pacto de Concórdia”

A Liberty Media, detentora dos direitos comerciais da Fórmula 1, prevê negociações difíceis com as equipes para a renovação do ‘Pacto de Concórdia’ em 2026. O acordo define questões financeiras, como a divisão do bolo de premiação e direitos comerciais, além do número de equipes no grid, tema bastante sensível ultmamente com a possível entrada da Andretti na categoria.

O CEO da Liberty Media, Greg Maffei, espera discussões acaloradas para a assinatura do novo acordo. As equipes devem aproveitar o bom momento da F1, com audiência em alta e interesse de grandes marcas, para exigir uma fatia maior do bolo.

Maffei comentou: “Os times estão ganhando muito mais dinheiro, há mais crescimento e patrocinadores. Esse entusiasmo criou mais boa vontade. Com certeza haverá um cabo de guerra em relação aos números. As equipes vão querer mais dinheiro, e nós também podemos querer. Isso vai acontecer.”

Apesar da previsão de embates, Maffei se mostra otimista quanto a um desfecho positivo para todos os envolvidos. Ele ressalta o bom relacionamento atual entre as partes e a importância de uma renovação antecipada do acordo, para evitar um cenário onde a categoria funcione sem um acordo coletivo definido.

Outro ponto importante do ‘Pacto de Concórdia’ é o limite de corridas por temporada. Vários pilotos e membros de equipes já reclamaram da dureza do calendário atual, com 24 etapas. Maffei garantiu que a F1 não pretende ultrapassar esse número, apesar de buscar novas oportunidades de expansão, principalmente no sudeste asiático.

“Temos interesse de lugares como Tailândia, Indonésia e Coreia do Sul. Mas não podemos atender a todos agora. Estamos limitados. Não vamos passar de 24 corridas por ano. Na verdade, o ‘Pacto de Concórdia’ já nos permite chegar a 25, mas há um consenso de que 24 é o ideal”, disse ele.

O CEO da Liberty Media também falou sobre o desafio de equilibrar circuitos históricos com os mais novos, como Las Vegas e Miami.

“Estamos tentando pensar nos circuitos históricos e como equilibrá-los com as novas corridas. É um bom desafio. Todo mundo quer ter uma corrida de F1. Isso é ótimo para os fãs e ajuda a expandir a base da categoria. É uma experiência valiosa que gera bons lucros para as equipes. Precisamos encontrar o balanço ideal para o crescimento da F1”, encerrou Maffei.



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