A Fórmula 1 vai adotar novas regras de unidades de potência a partir de 2026, com um equilíbrio inédito entre motor a combustão e energia elétrica de 50/50. No entanto, Roger Griffiths, chefe da equipe Andretti na Fórmula E, emitiu um alerta sobre os limites técnicos dessas mudanças.
Griffiths, que também já foi diretor técnico da Honda Performance Development, destacou que a eletrificação prevista nas novas normas está próxima do limite permitido dentro da categoria. “Há um limite para o quanto a Fórmula 1 pode avançar com eletrificação”, disse ele.
As novas regras preveem um equilíbrio de 50% entre o motor a combustão e o sistema elétrico. Apesar das discussões recentes sobre um possível retorno aos motores V10 utilizando combustíveis sustentáveis, essa alternativa só voltaria a ser considerada a partir de 2029. Para 2026, o regulamento já está confirmado.
O ponto crítico levantado por Griffiths é que, mesmo no futuro, a F1 não poderá evoluir para um sistema 100% elétrico como o da Fórmula E, que hoje é a única categoria de monopostos da FIA com essa tecnologia.
“A tecnologia que vemos hoje nos carros da Fórmula E rivaliza com qualquer coisa que esteja correndo por aí”, afirmou Griffiths. “Estamos muito satisfeitos com onde estamos. Ser independentes do que a Fórmula 1 faz é ótimo para nós.”
Ele também lembrou com nostalgia dos tempos de motores V10, mas fez questão de destacar que o esporte evoluiu. “Acho que todos nós seguimos em frente, e o V10 é muito mais uma experiência emocional”, completou.
Para Griffiths, a Fórmula 1 precisa ter clareza sobre seus próprios caminhos, mas a eletrificação completa, como a adotada na Fórmula E, deve estar fora de cogitação.