Martin Brundle, ex-piloto de Fórmula 1 e atual comentarista da Sky Sports F1, acredita que o entorno de Max Verstappen teve influência indireta na saída de Christian Horner do comando da Red Bull Racing, embora destaque que a decisão final partiu da alta cúpula da empresa na Áustria.
Brundle afirmou que conversou com Horner, Jos Verstappen, o CEO Oliver Mintzlaff e o consultor do time, Helmut Marko para compreender melhor os bastidores do ocorrido. Apesar de reconhecer o desgaste causado por Jos nos últimos meses, Brundle isentou o piloto holandês e seu pai de serem os responsáveis diretos.
“Foi uma decisão da Áustria, não partiu dos Verstappen”, disse ele. “Quer dizer, Jos lançou muitas granadas nos últimos dezesseis meses e algumas delas explodiram. Ele deixou claro, de tempos em tempos, que achava que Christian deveria seguir outro caminho.”
Segundo o comentarista britânico, o desligamento de Horner estaria relacionado ao desejo da Red Bull, como empresa, de retomar o controle de áreas comerciais da equipe de Fórmula 1, que vinham sendo centralizadas por Horner.

“Christian não queria abrir mão disso porque, para ele, tudo estava conectado: os pilotos, o teto orçamentário, os patrocinadores, a contratação de pessoal. Era um pacote completo que ele queria manter sob seu controle. E aí veio a decisão”, disse ele.
Brundle também ponderou sobre o peso que Max Verstappen poderia ter tido na tentativa de manter Horner no cargo: “Presumivelmente, Max poderia ter impedido, se quisesse. Mas ou ele não quis ou não conseguiu. Acredito que tenha escolhido não impedir”, acrescentou.
Para Brundle, a Red Bull pode ter sentido que o time estava se tornando ‘muito sobre Christian e pouco sobre a Red Bull’: “Talvez estivessem querendo mudar o foco. Imagino que Christian esteja em casa, assistindo tudo isso pela primeira vez em vinte anos sem estar no paddock, e se sentindo bastante triste com a situação”, completou o ex-piloto.
