O CEO da McLaren, Zak Brown, relembrou o difícil processo de reconstrução da equipe desde sua chegada em 2016, destacando o quanto a estrutura de Woking precisou se reinventar para voltar ao topo da Fórmula 1. Sob sua gestão, a equipe conquistou os títulos de construtores em 2024 e 2025, além de voltar a competir consistentemente pelas primeiras posições, com seus dois pilotos, Lando Norris e Oscar Piastri, liderando a disputa pelo título de pilotos este ano.
Em entrevista ao podcast F1 Beyond The Grid, Brown recordou o cenário que encontrou ao assumir o time: “Foi o pior que se podia ter. Terminamos em nono no campeonato, quase sem patrocínios, os fãs estavam insatisfeitos. O ambiente dentro da fábrica era ruim, faltava confiança e transparência”, disse ele.
Após um conturbado período com a Honda em 2015 e 2017, a McLaren mudou para os motores Renault e Brown assumiu oficialmente o cargo de CEO em 2018. Sua prioridade foi reconstruir o ambiente interno e criar uma cultura de trabalho baseada em clareza e responsabilidade: “Pensei, deve haver grandeza aqui dentro. A primeira coisa que quis fazer foi reconstruir a confiança por meio da transparência e atuar em todas as áreas”.
Brown destacou que a virada da McLaren não aconteceu da noite para o dia: “Na época parecia que estava demorando uma eternidade. Mas olhando agora, leva tempo para virar um barco grande”, afirmou. Ele também comentou que a nova filosofia da equipe se baseia em buscar a perfeição, mesmo sabendo que ela nunca é totalmente alcançável: “Hoje o foco é em ganhos incrementais, nunca estar satisfeito, sempre perseguir a perfeição e continuar tentando, porque sempre há como melhorar”, acrescentou.

Os resultados começaram a aparecer entre 2019 e 2021, com pódios conquistados por Carlos Sainz e Lando Norris, e uma vitória marcante de Daniel Ricciardo no GP da Itália. Em 2023, com a chegada do estreante Oscar Piastri, a McLaren enfrentou dificuldades no início, mas reagiu com força ao longo da temporada: “São as mesmas 996 pessoas que nos deram um carro que era o nono mais rápido no grid do Bahrein e depois um carro capaz de disputar a ponta. Isso mostra o poder das pessoas, da liderança e do trabalho em equipe”, finalizou Brown.
O F1MANIA.NET acompanha o GP de São Paulo de Fórmula 1 in loco, com os jornalistas Gabriel Gavinelli e Nathalia De Vivo.
