O consultor da Alpine, Flavio Briatore, destacou que não está olhando para as categorias de acesso da Fórmula 1 na escolha de quais pilotos contratar. Para ele, os resultados atuais na F2 e F3 são “muito confusos” devido ao desempenho inconsistente dos competidores.
Briatore já deixou claro que a escolha para ser companheiro de Pierre Gasly para a próxima temporada está reduzida a Franco Colapinto e ao reserva da Alpine, Paul Aron.
Embora a Fórmula 2 já tenha visto campeões dominantes, como o piloto brasileiro, Felipe Drugovich em 2022, que venceu com 101 pontos de vantagem, a maior desde a mudança de nome de GP2 para F2, as duas temporadas mais recentes foram decididas em batalhas apertadas, com Gabriel Bortoleto levando o título no ano passado.
Charles Leclerc conquistou a F2 com 72 pontos de vantagem, George Russell superou Lando Norris por 68 pontos, e Oscar Piastri venceu por 60,5 pontos, todos eles venceram a categoria logo na temporada de estreia, após também conquistarem o título na F3.
No entanto, Briatore relembra exemplos como Michael Schumacher, Fernando Alonso, Lewis Hamilton e Nico Rosberg, que já nas categorias de base mostraram ter potencial para a Fórmula 1.
Para o consultor da Alpine o desempenho Inconsistente apresentada pelos pilotos da F2 e F3 torna difícil contratar novatos com base nesses resultados, já que os dois últimos títulos foram decididos por apenas 11 e 22,5 pontos, sem grandes talentos que chamassem sua atenção.
“Não vejo nenhuma outra possibilidade”, disse Briatore ao ‘The Race’, ao ser questionado sobre manter suas opções de pilotos dentro da própria Alpine. “Vemos outros, mas não sentimos (nada especial), porque os bons caras chegam e ‘boom’. Lembro quando Schumi estava no Grupo C com a Sauber, ele vencia todas as corridas…”
“Na GP2 era a mesma coisa. O (Lewis) Hamilton era bam, bam, bam. O Fernando estava na Fórmula 3000 ou o que fosse, e ele ganhava todas as corridas. Lembro quando testei o Fernando. Coloquei ele na Minardi e o Giancarlo (Minardi) me ligou e disse: ‘Nunca vi nada igual’. Agora, tire o Max (Verstappen). O resto?… (dá de ombros)”
Briatore explicou que eles enfrentam dificuldades para manter consistência nas categorias de base, o que torna mais difícil identificar talentos prontos para subir.
“Você viu as corridas na F2 e F3?”, perguntou. “Você vê um cara vencendo uma prova, na seguinte ele é 14º. Depois, na corrida seguinte, ele é P3, e uma semana depois é P12 de novo.
No nosso tempo, GP2, seja o que for, o Hamilton estava lá e terminava primeiro, segundo, segundo, terceiro, segundo, terceiro, primeiro, terceiro. Era uma indicação muito clara, não? O (Nico) Rosberg, bang, bang, bang, GP2. Você lembra de muitos caras da GP2. Agora é muito difícil, porque você vê alguém em P1. E na semana seguinte, não é mais P1. Nem P2, é P14. Muito confuso,” finalizou.
