O chefe da Cadillac, Graeme Lowdon, confirmou que Valtteri Bottas terá de cumprir uma penalidade de cinco posições no grid, logo na estreia da equipe na Fórmula 1 em 2026. A sanção é consequência de um incidente ocorrido em sua última corrida na categoria, no GP de Abu Dhabi de 2024.
Na ocasião, os comissários consideraram que Bottas errou de forma significativa a freada na curva 6 e colidiu com Kevin Magnussen, então piloto da Haas. A punição inicial foi um drive-through, mas como o finlandês abandonou a prova, a penalidade foi convertida em perda de cinco posições no grid em sua próxima participação.
Lowdon reconheceu a situação como um detalhe curioso do regulamento: “É apenas uma peculiaridade das regras, não é? Não vou tentar mudar regulamentos ou algo assim, mas isso realmente destaca um detalhe estranho”, afirmou em entrevista ao canal oficial da F1. “Não acho que uma equipe deva ser penalizada por algo assim, especialmente depois de um intervalo tão grande. Mas se essa é a interpretação das regras, que seja”, disse ele.

A Cadillac confirmou Bottas como piloto titular ao lado de Sergio Perez, depois da saída do finlandês da Sauber no final de 2024. Assim, o primeiro GP de Bottas com a nova equipe será em Melbourne, no início da temporada 2026, onde terá que cumprir a penalidade no grid de largada.
Por sua vez, a FIA introduziu posteriormente uma cláusula que impõe prazo de doze meses para a validade de penalidades desse tipo, mas a medida não se aplica de forma retroativa. Por isso, a punição de Bottas segue em vigor.
Lowdon reforçou que, mesmo discordando do efeito da regra, a equipe respeitará a decisão: “Temos que respeitar os regulamentos, caso contrário não é mais esporte, vira pantomima. Quaisquer que sejam as regras, vamos correr de acordo com elas”, completou.
