Valtteri Bottas revelou estar “se preparando mentalmente para o pior” após oficializar sua entrada no projeto da Cadillac na Fórmula 1. O finlandês, que formará dupla com Sergio Pérez, disse estar ciente das dificuldades que o time norte-americano deve enfrentar em seu ano de estreia na categoria.
A equipe utilizará motores Ferrari nas duas primeiras temporadas antes de adotar sua própria unidade de potência em 2028. Apesar da estrutura promissora, Bottas foi alertado desde o início por Graeme Lowdon, chefe de equipe, sobre as dificuldades do projeto.
“Para mim, é um pouco como quando fui da Mercedes para a Alfa Romeo”, disse Bottas ao RacingNews365. “Tive que redefinir meus objetivos. Já passei por esse processo mental. Como já conversamos bastante com o Graeme, ele sempre deixou claro que não será um caminho fácil, que provavelmente o primeiro ano será difícil, e eu assinei sabendo disso. Sei o que esperar”, afirmou.

“Mentalmente, se você sempre se prepara para o pior, é melhor, porque qualquer coisa que você conseguir além disso será muito positiva e gratificante. Só de estar envolvido, colocar a mão na massa com a equipe, quando o progresso e o sucesso vierem, esse será o gatilho para mim, será o que me motivará e me trará a recompensa. Tudo se resume a gerenciar expectativas, trabalhar duro, e as recompensas virão e é por isso que estou animado. É por isso que estou aqui.”
De acordo com o finlandês, os primeiros contatos com a Cadillac aconteceram quando ele ainda corria pela Sauber, antes da entrada oficial da equipe na F1 ser confirmada em março deste ano. “Ele [Lowdon] sempre manteve contato comigo sobre como as coisas estavam indo, progredindo. E então, no começo deste ano, ficou claro para mim que era isso o que eu queria. Quero fazer parte dessa grande marca, dessa, digamos, equipe iniciante na Fórmula 1, mas com uma ótima estrutura e grandes objetivos.”
“Estou aqui para dar tudo de mim à equipe, junto com o Checo. Podemos, com certeza, guiá-la na direção certa e, claro, somos realistas. Teremos uma montanha de trabalho pela frente, e provavelmente será um começo difícil, afinal, é Fórmula 1. Mas não estamos aqui para ficar no fundo do grid. Não queremos terminar em último. Acredito que, com essa estrutura, com esse grupo de pessoas, não há motivo para que não consigamos chegar rapidamente ao ritmo e aproveitar algum sucesso”, concluiu o piloto.
