F1: Bortoleto revela conselho decisivo de Verstappen antes do GP do México

Gabriel Bortoleto contou que uma conversa informal com Max Verstappen, durante um jantar na véspera do GP do México de Fórmula 1, mudou completamente sua visão sobre estratégia de pneus para a corrida. A revelação foi feita no podcast Pelas Pistas, onde o brasileiro detalhou como o tetracampeão da Red Bull praticamente o convenceu a abandonar a ideia inicial de largar com o composto soft.

Bortoleto, que começou a etapa na 16ª posição, queria arriscar com o pneu mais macio para tentar ganhar posições logo na largada. Verstappen, que partiria do quinto lugar, não deixou o brasileiro seguir adiante com a ideia. “Eu cheguei com aquilo na cabeça: ‘eu quero largar de soft’. Aí o Max virou para mim e falou: ‘não faz isso, você vai cozinhar o pneu em cinco voltas’”, contou o piloto da Sauber.

A mudança de planos, no entanto, gerou surpresa — e até um certo incômodo — entre os engenheiros da equipe. “Meu irmão estava comigo, e no dia seguinte eu falei: ‘acho que vou de medium’. Ele perguntou: ‘por quê? O que mudou?’. Com os engenheiros foi a mesma coisa. O cara olhou para mim e falou: ‘pô, preparei tudo por três horas!’. E eu só disse: ‘tive algumas conversas’”, brincou o brasileiro.

No fim, a decisão funcionou: Bortoleto conseguiu avançar até o décimo lugar e marcou seu quinto resultado nos pontos na temporada, consolidando uma campanha sólida de estreia na Fórmula 1.

Verstappen, por sua vez, também comentou sobre o momento em que percebeu que a maioria do grid realmente havia optado pelo pneu soft. “Quando alinhei e meu engenheiro disse: ‘todo mundo ao seu redor está de soft’, eu pensei: ‘ou somos muito inteligentes, ou muito burros de não entender que o soft era realmente bom’”, revelou o holandês.

Mas, segundo ele, a estratégia conjunta acabou fazendo sentido. O primeiro stint exigia que a maior parte do pelotão usasse o pneu mais fraco para a duração do trecho, enquanto Verstappen e Bortoleto teriam mais desempenho na parte final da corrida. “Sobrevivemos no primeiro stint com o pior dos dois pneus e, no segundo, tivemos um ritmo melhor, mais aderência e pudemos fazer mais ultrapassagens.”