Gabriel Bortoleto deixou claro que a relação de gerenciamento com Fernando Alonso, não influencia sua postura dentro da pista. No GP do Azerbaijão de Fórmula 1, o brasileiro da Sauber foi o primeiro a reportar o espanhol por queima de largada, mesmo sem citar diretamente o nome de seu empresário pelo rádio.
Bortoleto largou em 13º, logo atrás de Alonso, que partia em 11º. Quando Oscar Piastri, em nono, antecipou sua movimentação no grid, o bicampeão de F1 acabou reagindo e também queimou a largada. Pouco depois, com o Safety Car acionado pelo acidente de Piastri ainda na primeira volta, o estreante não hesitou em alertar seu engenheiro, José Manuel López.
“Vocês viram algo estranho na largada com os carros à minha frente?”, questionou. Ao ouvir que a equipe só havia notado o movimento da McLaren, ele continuou: “Ok. Olhem melhor de novo, por favor.”

Após uma segunda checagem, a Sauber confirmou a leitura de Bortoleto: “Estamos verificando o que você disse e sabemos do que está falando”, respondeu López. Pouco depois, os comissários confirmaram a infração de Piastri e Alonso, ambos punidos com cinco segundos.
Na relargada, Bortoleto superou Alonso e terminou em 11º, próximo da zona de pontos.
O brasileiro também mostrou firmeza em relação à disputa interna. Após seu pit stop, ele alcançou Nico Hulkenberg e pediu que o time garantisse que não perderia tempo ou bateria na tentativa de ultrapassagem: “Vocês já sabem o que vou pedir”, disse ele, deixando claro que não pretendia desperdiçar energia em uma disputa direta com o companheiro de equipe.
Esses episódios reforçam a postura determinada de Bortoleto em sua temporada de estreia, sem concessões, nem mesmo para seu próprio empresário.
