A Aston Martin quer maximizar cada detalhe técnico para enfrentar o GP de Singapura em Marina Bay. A corrida noturna da Fórmula 1, é um desafio extremo para carros, pilotos e engenheiros. E o novo diretor técnico da equipe, Enrico Cardile, compartilhou suas primeiras impressões desde que se juntou à Aston Martin.
Segundo Cardile, seu papel ainda é de observação estratégica e aprendizado. “Sou novo na equipe, então estou em uma fase de entender como operamos, o que fazemos bem e onde há espaço para otimização”, afirmou.
A chegada de Cardile ocorre em um momento de transição para a Fórmula 1, com novos regulamentos técnicos previstos para 2026. Por isso, ele explica que está usando o restante da temporada de 2025 como um laboratório. “Quero ver como as ferramentas que temos se comportam sob as condições reais das corridas, e como podemos extrair todo o seu potencial. Esse planejamento será fundamental para os próximos anos.”
Do ponto de vista técnico, a equipe acredita que o AMR25 deve se adaptar relativamente bem ao circuito de Marina Bay, que exige alta carga aerodinâmica, uma característica que favorece o desempenho atual do carro guiado por Lance Stroll e Fernando Alonso. Embora Cardile reforce que só será possível confirmar o ritmo competitivo da equipe após os primeiros treinos livres, a expectativa é positiva.

“Circuitos como Spa, Baku e Monza, que exigem menor carga aerodinâmica, foram mais desafiadores para nós. Em Spa, por exemplo, o carro sofreu para lidar com curvas como Eau Rouge e Raidillon, onde é necessário manter uma altura mínima do assoalho para evitar toques no solo — o que compromete bastante o desempenho,” explicou o diretor técnico.
A gestão térmica será um fator decisivo em Singapura. Cardile detalha que, para controlar a temperatura dos componentes, a equipe pode optar por abrir mais as saídas de ar na capa do motor e nos sidepods, além de utilizar dutos de freio maiores, já que o circuito exige frenagens frequentes e intensas. Porém, cada uma dessas medidas compromete o desempenho aerodinâmico, aumentando o arrasto e reduzindo a velocidade em linha reta. “É uma linha tênue entre manter o carro frio e preservar a eficiência”, resume.
Além do desgaste dos componentes, a prova noturna também é conhecida por exigir o máximo dos pilotos. Cardile destaca que a hidratação é fundamental. “É um fim de semana realmente exigente, física e mentalmente, para os pilotos. E também muito intenso para todos na equipe, tanto na pista quanto na base. Mas, ao mesmo tempo, é um dos eventos mais emocionantes do ano e um espetáculo incrível sob as luzes,” concluiu.
A Aston Martin é a sétima colocada no campeonato de construtores, com 62 pontos conquistados, 10 a menos que a Racing Bulls, sexta colocada. A equipe viu a Sauber se aproximar, com 55 pontos somados na oitava colocação.
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