A temporada 2025 da Fórmula 1 foi dura para a Aston Martin, pois a equipe britânica não alcançou suas expectativas iniciais. Após dois anos consecutivos em quinto lugar no Campeonato de Construtores, o time britânico terminou o ano na sétima posição, ficando atrás de equipes como a Williams e a Racing Bulls. Esse desempenho foi uma clara demonstração da fase de transição da equipe, que concentrou recursos em preparações para o futuro, em detrimento de uma competitividade imediata.
Fernando Alonso, que teve sua temporada mais difícil desde que chegou à Aston Martin em 2023, terminou em 10º lugar no Campeonato de Pilotos, com apenas 56 pontos marcados. A temporada do espanhol foi marcada por uma série de infortúnios, incluindo cinco abandonos que prejudicaram gravemente sua pontuação. Problemas técnicos, como falhas de freio na China e no México, problemas de unidade de potência em Mônaco e danos na suspensão na Itália, aumentaram suas frustrações. Sua melhor colocação foi um quinto lugar na Hungria, mas de maneira geral, foi uma temporada mais de limitação de danos do que de disputas por pódios.
A temporada de Lance Stroll foi igualmente desapontadora, com o canadense sendo superado na maioria das sessões de classificação por Alonso e terminando 23 pontos atrás do espanhol. A falta de consistência foi um problema central, com ambos os pilotos lutando para extrair um desempenho mais significativo do AMR25.
No entanto, apesar da decepção imediata, o ano de 2025 precisa ser visto dentro da estratégia de longo prazo da Aston Martin. A chegada de Adrian Newey, um dos maiores nomes da engenharia na Fórmula 1, representa a pedra fundamental da revolução que a equipe planeja para 2026. Newey assumirá o cargo de chefe do time no próximo ano, depois de ter sido nomeado parceiro técnico, com a missão de elevar a equipe a novos patamares.

Além disso, a nova parceria com a Honda oferece a base técnica necessária para o ‘reset’ da Aston Martin. A mudança de unidades de potência da Mercedes para uma relação de fábrica com a fabricante japonesa, permitirá o desenvolvimento de um pacote mais integrado, alinhado com as novas regulamentações de unidades de potência e com os objetivos sustentáveis da Honda. O novo campus de tecnologia da equipe, em Silverstone, alcançou plena capacidade operacional, com novos túneis de vento e simuladores.
Em 2026, pela primeira vez desde 2008, a Aston Martin desenvolverá sua própria transmissão, suspensão traseira e sistemas associados, o que também marca uma nova fase importante para a equipe.
Com os novos regulamentos entrando em vigor, 2026 representa uma oportunidade para a Aston Martin dar um salto significativo. A apresentação do AMR26 em 09 de fevereiro e o início da temporada, vão mostrar se as ambições da equipe terão, de fato, resultados concretos. Com Newey, a Honda e o talento de Alonso, a Aston Martin está montando uma base sólida para desafios futuros, mas a grande questão é: será que este ambicioso projeto realmente entregará os resultados esperados? Isso só o tempo irá demonstrar.
