Lewis Hamilton encerrou sua primeira temporada com a Ferrari em meio a frustrações, críticas e reflexões sobre o futuro. O britânico viveu um ano marcado por resultados abaixo das expectativas, culminando no primeiro campeonato de sua carreira sem sequer um pódio em GP, algo inédito em seus dezenove anos na Fórmula 1 e também raro para a Scuderia, que não passava por isso desde 1981, com Didier Pironi.
Depois de terminar o GP de Abu Dhabi em oitavo, após largar em 16º, Hamilton admitiu que pretende se afastar completamente da rotina da categoria durante o intervalo entre as temporadas: “Quero desaparecer do grid. Vou jogar meu telefone no lixo”, disse ele. Questionado sobre como será se desconectar totalmente da Fórmula 1, afirmou: “Nunca fiz isso. Vou descobrir quando acontecer. Não vejo a hora de me afastar de tudo isso. Toda semana há sessões de fotos e essas coisas… Um dia, quero não precisar fazer nada disso”.
O heptacampeão reconheceu o desgaste emocional da temporada e comentou brevemente sobre temas de saúde mental, após Lando Norris, campeão de 2025, tocar no assunto recentemente: “Não sei exatamente o que ele disse, então não posso comentar muito. Mas acho ótimo que as pessoas mostrem sua vulnerabilidade. Isso é real no mundo de hoje e deve ser levado a sério”, afirmou.
As dificuldades com o carro da Ferrari levantaram questionamentos sobre uma possível aposentadoria, inclusive por parte de Nico Rosberg, seu ex-companheiro de equipe na Mercedes. Hamilton, porém, descartou responder diretamente aos críticos: “Eu não diria nada a eles. Nenhum deles fez o que eu fiz. Eles não estão no meu nível”, acrescentou.
Mesmo após a temporada mais dura de sua carreira, Hamilton reforçou que ainda não pensa em parar: “O que me move é o amor pelo que faço. É o amor por correr, o apoio incrível das pessoas ao meu redor, dos meus fãs. É isso que me mantém firme. Sigo olhando para o meu sonho. Ainda tenho um sonho no coração, e é isso que quero alcançar”, completou.