Kimi Antonelli abriu o coração em uma entrevista publicada neste fim de semana, falando sobre seu início na Fórmula 1, o apoio da namorada, seus ídolos e, principalmente, os rumores de uma possível mudança para a Alpine em 2026. O jovem piloto italiano de 18 anos, atualmente substituindo Lewis Hamilton na Mercedes, vem tendo uma temporada de estreia com altos e baixos, mas já conquistou seu primeiro pódio no GP do Canadá.
A notícia de um possível empréstimo para a Alpine, equipe cliente da Mercedes, vem ganhando força nos bastidores da F1. Segundo rumores, essa movimentação estaria ligada a uma possível chegada de Max Verstappen à Mercedes, formando uma dupla com George Russell a partir de 2026. Essa possibilidade explicaria os encontros recentes entre Toto Wolff, chefe da Mercedes, e Flavio Briatore, atualmente envolvido com a Alpine.
Antonelli, no entanto, não esconde que a ideia de deixar a Mercedes, mesmo que temporariamente, não faz parte do seu plano original. “Eu sei que o último campeão italiano na F1 foi o Ascari”, afirmou em entrevista à revista Sette, do jornal Corriere della Sera. “Sou o próximo? Esse é o objetivo.”
Sobre seu pódio em Montreal, ele confessou um sentimento ambíguo. “Foi fantástico”, disse. “Mas, para ser honesto, também fiquei um pouco decepcionado. Tínhamos o carro para vencer, e meu companheiro de equipe, o George, venceu. Se eu não tivesse cometido um pequeno erro na classificação…”
A vida pessoal, por outro lado, parece estar em harmonia. Antonelli está namorando Eliska Babickova, piloto de kart da República Tcheca. “Ela conhece o meu mundo, sabe o quanto isso exige de mim”, explicou. “Ela entende os sacrifícios. Quando ela vem aos autódromos me ver correr, é um prazer e um apoio. Não preciso me preocupar, ela com certeza não está entediada. Mas ainda é cedo para morarmos juntos.”

Ao ser questionado sobre suas referências, Antonelli surpreendeu ao começar pelo tênis. “Admiro muito o Jannik Sinner”, declarou. “Gostaria de conhecê-lo. Fico impressionado com a força mental dele durante as partidas, especialmente quando as coisas não vão bem. Quantas vezes ele já virou situações complicadas?”
No automobilismo, o jovem italiano é fã declarado de Ayrton Senna. “Eu perguntaria a ele como conseguiu superar o medo depois de um acidente e andar ainda mais rápido”, comentou. “Porque, quando você sofre um acidente, sente um pouco de medo. Como pilotos, a gente não pensa nisso, mas convive com esse sentimento.”
Antonelli também revelou admiração por Valentino Rossi, com quem já dividiu experiências na pista de kart. “Queria ter a capacidade dele de se cercar das pessoas certas e reconhecer aquelas que realmente fazem a diferença para que você consiga render o máximo dentro da pista, sentindo-se em paz”, completou.
Com a Fórmula 1 se aproximando de uma grande reformulação técnica em 2026, o futuro de Antonelli segue sendo um dos principais pontos de atenção do mercado de pilotos. A possível ida para a Alpine poderia representar um desvio no sonho de construir uma carreira sólida na Mercedes, mas também poderia ser uma etapa estratégica na formação de um dos talentos mais promissores da nova geração. Por ora, o italiano segue focado em evoluir e provar que merece continuar entre os grandes.
