F1: Antiga sede de motores da Alpine sofre invasão e levanta suspeitas de espionagem

A antiga sede de motores da Alpine em Viry-Chatillon, na França, foi alvo de uma invasão na noite de segunda-feira, segundo informações do Le Parisien. O local, que abrigou por décadas o departamento de motores da equipe, hoje desativado, foi invadido por dois intrusos que entraram pelo hall principal e seguiram até o andar superior, onde ficam os escritórios da alta gestão.

Fontes policiais indicam que as portas dos escritórios estavam abertas, o que levanta a hipótese de que os invasores conheciam a estrutura interna do prédio. Apesar da movimentação suspeita, nada foi levado.

“Nada foi roubado. Está tudo bem. Não havia funcionários no local naquele momento,” disse uma fonte próxima à equipe à publicação francesa.

A Divisão de Crime Territorial já iniciou uma investigação, enquanto começam a surgir teorias sobre os motivos da ação. Uma das possibilidades mencionadas é espionagem industrial, especialmente diante do descontentamento público de parte dos funcionários com a decisão da Alpine de encerrar o uso do local como fábrica de motores.

Essa mudança ocorreu após deliberação conduzida pelo consultor executivo Flavio Briatore, que liderou o processo para transformar a equipe de fabricante de motores (OEM) em cliente da Mercedes a partir da temporada 2026 da Fórmula 1.

Logo Alpine F1, Fórmula 1
Foto: XPB Images

A instalação de Viry-Chatillon tem forte importância histórica. Aberta em 1977, foi ali que a Renault desenvolveu o primeiro motor turbo a vencer um GP, em 1979. O centro ficou fora da F1 entre 1986 e 1989, retornando depois para formar parcerias vitoriosas com Williams, Benetton e, mais tarde, Red Bull Racing.

Ao longo de sua trajetória, a Renault somou doze títulos de construtores e onze de pilotos, consolidando Viry como um dos polos mais importantes da história da categoria.



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