F1: Análise revela empate de desempenho entre Verstappen e Leclerc no México; veja os gráficos

Dados mostram empate técnico entre Red Bull e Ferrari; Norris vence e McLaren mantém domínio

A etapa da Cidade do México confirmou Lando Norris como referência do fim de semana e expôs uma disputa de alto nível entre Charles Leclerc e Max Verstappen em ritmo puro. Olhando para os pontos médios e a dispersão de voltas, a corrida teve o pelotão da frente muito compacto, seguido por um segundo pelotão onde Gabriel Bortoleto apareceu muito bem.

O gráfico de médias por volta coloca Norris como o mais rápido do domingo, com 1:22.034. A seguir vêm Oscar Piastri em 1:22.292, Lewis Hamilton 1:22.308 e Oliver Bearman 1:22.315, todos separados por centésimos. Kimi Antonelli fecha a primeira metade com 1:22.377. Verstappen e Leclerc aparecem praticamente colados, 1:22.448 e 1:22.450, diferença de apenas 0,002 s no agregado. George Russell surge em 1:22.467, Carlos Sainz em 1:22.623 e Lance Stroll em 1:22.858. Além da proximidade entre os quatro primeiros, chamam atenção as nuvens de pontos de Norris e Piastri mais “apertadas”, indicando consistência de volta a volta acima da média.

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Gráfico: F1PACE.COM

Verstappen x Leclerc, leitura fina dos stints
O comparativo direto entre os dois mostra uma história de compensações ao longo da prova. No primeiro trecho, Leclerc abriu com macios em 1:23.025 de média, enquanto Verstappen escolheu médios e ficou em 1:23.407. Na metade da corrida, ambos passaram por uma fase de voltas mais altas influenciadas por tráfego, visível pelos marcadores de diamante e pela faixa de tendência ascendente. A virada vem no último stint: Verstappen de macios fecha em 1:21.365, contra 1:21.999 de Leclerc. Resultado final do duelo no agregado: 1:22.448 para Verstappen contra 1:22.450 de Leclerc. Ou seja, em ritmo puro de corrida, os dois andaram “empatados”, com vantagem do monegasco no começo e resposta do holandês no fim. A leitura prática é que a ordem de compostos e a janela de volta a volta definiram onde cada um foi melhor, e não uma diferença estrutural de carro.

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Gráfico: F1PACE.COM

Estratégias e execução
O mapa de stints mostra três abordagens principais no topo. Norris venceu com dois stints bem definidos, abrindo de macios em 1:22.565 por 34 voltas e fechando de médios para 1:21.533 em 37 voltas, sinal de que a McLaren sustentou ritmo forte mesmo com composto mais duro no final. Leclerc espelhou a lógica macio→médio, 1:23.025 e 1:21.999, também com evolução clara na parte decisiva. Verstappen fez o caminho inverso, médio→macio, 1:23.407 antes de baixar para 1:21.365, o que explica a curva descendente no trecho final do seu gráfico individual. Entre os “coadjuvantes de luxo”, Piastri e Bearman optaram por três stints com soft no fim (Piastri 1:23.446 → 1:22.311 → 1:21.064; Bearman 1:23.236 → 1:22.422 → 1:21.184), padrão que manteve ambos muito vivos na janela de pódio. Hamilton e Russell seguiram caminhos parecidos, abrindo de macios na casa de 1:23 baixo, migrando a médios em torno de 1:22.3 e fechando de macios em 1:21.4–1:21.5, o que reforça que o composto vermelho ofereceu a melhor resposta no trecho derradeiro para a maior parte do grid.

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Segundo pelotão e o lugar de Bortoleto
No recorte do meio do pelotão, Yuki Tsunoda lidera as médias com 1:23.006, seguido por Esteban Ocon 1:23.066 e Bortoleto em terceiro do grupo com 1:23.113. Alexander Albon aparece em 1:23.187, Isack Hadjar 1:23.259, Fernando Alonso 1:23.481, Franco Colapinto 1:23.733 e Pierre Gasly 1:23.773. Para o brasileiro, o desenho de estratégia foi médio→macio e os números contam uma atuação madura: primeiro stint longo de médios a 1:24.027 e fechamento de macios para 1:22.082, ganho expressivo na parte final. O pacote da Sauber respondeu melhor quando havia aderência extra e tanque mais leve, o que explica a compressão da sua nuvem de pontos no último terço da corrida.

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Gráfico: F1PACE.COM

O que fica para a leitura técnica
Os gráficos apontam três conclusões práticas. Primeiro: a McLaren sustentou a referência do fim de semana em ritmo agregado, com Norris se destacando tanto pela média quanto pela consistência. Segundo: a disputa entre Leclerc e Verstappen foi definida por desenho de stints mais do que por velocidade absoluta, com vantagem do monegasco no início e contragolpe de Max no fim, resultando em médias praticamente idênticas. Terceiro: Bortoleto segue evoluindo na execução, sobretudo quando a corrida chega ao trecho de macios, e se posiciona no topo do segundo bloco com margem real para brigar por pontos em cenários limpos.



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