Apesar de um início de temporada turbulento e com resultados muito fracos na Fórmula 1 em 2024, a Alpine não está à venda. A afirmação é de Luca de Meo, CEO da Renault, que é dona da equipe francesa.
Vem sendo uma temporada de dificuldades para a Alpine, que continua na parte inferior do grid e conquistou apenas dois pontos nas primeiras oito corridas deste ano. A equipe passou por diversas mudanças na liderança nos últimos doze meses e terá uma nova dupla de pilotos em 2025, já que a Alpine anunciou que Esteban Ocon será dispensado após o final da temporada 2024 e Pierre Gasly ainda não renovou seu contrato, que termina no fim deste ano, com o time francês.
Mesmo com as dificuldades na pista, a Renault não pretende se desfazer da equipe de F1. “Quero deixar isso bem claro. Não vamos desistir de jeito nenhum”, disse de Meo à Autocar. “Não é meu estilo. Não vamos vender nem uma parte da equipe. Não precisamos do dinheiro. Teve gente fazendo ofertas a torto e a direito, e depois falando sobre isso na imprensa. Mas não estamos interessados. Seria bobagem e não farei isso”, acrescentou.
Desde que retornou à F1 em 2016 (inicialmente ainda como Renault), a equipe alcançou o quarto lugar no campeonato em 2018 e em 2022, já como Alpine.
Apesar de admitir que a Alpine não merece estar no topo da F1 no momento, de Meo acredita na evolução do time sediado em Enstone. “A Alpine deveria ser uma das equipes da F1 com mais potencial, pois tem o apoio do Grupo Renault. Não acho que merecemos ser um time top agora, mas não estamos na F1 para passear, então precisamos trabalhar duro”, disse ele.
“Claro, cometemos erros. Acontece. Mas acho que estamos certos em colocar a F1 no centro da Alpine e pintar o carro de azul para representar uma cultura automotiva distinta. Esta marca é totalmente legítima porque sempre esteve no automobiliso, mas pode fazer muito melhor, e não quero perder essa oportunidade”, finalizou o CEO da Renault.