Fernando Alonso afirmou que a decisão da Aston Martin de nomear Adrian Newey como chefe de equipe a partir de 2026, não está relacionada ao fraco desempenho recente da equipe na Fórmula 1. Segundo o espanhol, a mudança faz parte de uma visão de longo prazo e não foi motivada diretamente pelos resultados abaixo do esperado na temporada 2025.
A equipe baseada em Silverstone enfrentou um ano difícil, finalizando apenas na sétima posição no campeonato de construtores, atrás da Williams e da Racing Bulls. Após o melhor resultado de sua história em 2023, a Aston Martin regrediu em termos de desempenho, tendo como melhor resultado em 2025 o quinto lugar de Alonso no GP da Hungria.
Durante a temporada, a equipe foi comandada por Andy Cowell, que assumiu o cargo após a saída de Mike Krack, enquanto Newey iniciou oficialmente seu trabalho como parceiro técnico-gerente em março. No entanto, a confirmação de Newey como chefe de equipe a partir de 2026, com Cowell assumindo a função de diretor de estratégia, levantou especulações de que a mudança seria uma resposta direta à queda de rendimento.
Alonso discordou dessa interpretação: “Não, eu não acho”, afirmou o bicampeão, em declaração à imprensa. “2025 foi uma temporada desafiadora para nós, sem dúvidas. Mas honestamente, isso não tira a visão de longo prazo da equipe”.
O experiente piloto reconheceu a insatisfação com os resultados este ano, mas minimizou a influência disso nas decisões estruturais: “A situação em que estamos é a que é. Estamos lutando apenas pelos últimos pontos em algumas corridas e não estamos felizes com isso. Mas isso não está realmente influenciando nenhuma decisão ou grande mudança na equipe”, disse ele.
Alonso também revelou que já tinha conhecimento prévio das discussões internas, devido à relação próxima com Lawrence Stroll, presidente executivo da Aston Martin: “Lawrence fala conosco regularmente, uma vez por semana por telefone, e quando ele vem às corridas, todos os dias almoçamos ou jantamos juntos”, acrescentou.
Segundo Alonso, os pilotos são mantidos informados sobre os rumos da equipe, embora não tenham poder de decisão: “Estamos sempre por dentro do que Lawrence pensa. Ele pede opiniões sobre o que é melhor para a equipe, o que está faltando. Estamos muito envolvidos em tudo o que eles estão pensando. Obviamente, não temos poder de decisão, mas eles nos mantêm informados. Então isso foi surgindo aos poucos, que Lawrence estava pensando nessa possibilidade”, finalizou o espanhol.
GP de Abu Dhabi