F1: Albon defende checagem completa de todos os carros após as corridas

Alex Albon questionou os atuais procedimentos da FIA para inspeções técnicas após as corridas da Fórmula 1 e defendeu mudanças para garantir maior justiça esportiva. O piloto da Williams afirmou que o método de seleção ‘aleatória’ dos carros para verificações mais detalhadas, pode gerar situações controversas, como as desclassificações ocorridas em 2025 por desgaste excessivo da prancha do assoalho de alguns carros.

O episódio mais recente aconteceu no GP de Las Vegas, quando a McLaren terminou a prova em segundo e quarto lugares com Lando Norris e Oscar Piastri, respectivamente, mas teve os dois carros desclassificados após inspeções técnicas mais profundas. A FIA constatou desgaste excessivo da prancha do assoalho nos dois MCL39, enquanto o restante do grid passou apenas pela pesagem padrão após a corrida.

Albon demonstrou compreensão com a situação da McLaren e destacou que operar no limite faz parte da Fórmula 1 moderna: “Todos nós temos que levar os limites em consideração”, disse o tailandês-britânico à imprensa. “Há muito tempo de volta nesses carros ao rodar um milímetro mais baixo. Mas claro, todo mundo comete erros, e eu entendo essa parte. Esses carros são incríveis hoje em dia”, disse ele.

O piloto da Williams explicou que fatores externos podem mudar completamente o cenário de um final de semana de corrida: “Estamos ajustando a altura do carro considerando até a direção do vento no dia da corrida. Se você tem vento de frente na reta principal, isso transforma completamente a altura do carro ao longo do fim de semana, deixa o carro muito mais baixo, gera ‘porpoising’ e então você precisa ajustar tudo novamente”, afirmou.

Segundo Albon, o regulamento atual é especialmente difícil em eventos com pouco tempo de pista: “Acho que é muito duro, especialmente em finais de semana com formato Sprint ou em pistas onde temos pouca atividade, como Las Vegas. Você precisa adotar uma abordagem mais segura. Às vezes você termina o domingo se culpando, porque quase não teve desgaste de prancha e sente que poderia ter otimizado mais o fim de semana, mas esse é o jogo dessas regras”.

F1 2025, Fórmula 1, GP de São Paulo, Interlagos
Foto: XPB Images

Apesar disso, o principal ponto de crítica de Albon está no critério de escolha dos carros para inspeção detalhada. Embora todos sejam pesados após a corrida, apenas alguns passam por verificações completas: “O principal para mim, é que eu não gosto do fato de ser aleatório. Eu preferiria que os vinte carros fossem checados em todos os finais de semana de corrida, assim o jogo seria justo. Essa versão de seleção aleatória é que é complicada, mas no fim das contas, regras são regras”, acrescentou.

Pensando no futuro, Albon acredita que o desgaste da prancha do assoalho deixará de ser um grande tema com o novo regulamento de 2026, mas não irá desaparecer completamente: “Vai ser menos comentado. A filosofia de manter pelo menos uma parte do carro o mais baixo possível, seja a frente ou a traseira, ainda vai existir. Então será menos assunto, mas ainda estará presente”, completou.



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