Neste fim de semana, acontecerá a 12ª etapa do campeonato da Fórmula 1 em Silverstone, alcançando meio milhão de pessoas, o maior público da história do esporte. Stefano Domenicali, O CEO da F1, deixou claro que o Grande Prêmio da Inglaterra deve permanecer para sempre no calendário.
“Silverstone tem as características certas para permanecer para sempre no calendário,” disse ele. “Não há outros lugares no Reino Unido onde seja possível desenvolver um evento tão grandioso. Para ser honesto, não vejo outro lugar.”
O GP da Inglaterra, que está no calendário desde a criação da Fórmula 1 em 1950, teve todos os seus ingressos vendidos, com números recordes. No ano passado, Silverstone renovou o seu contrato de longo prazo com a F1 para sediar a corrida até 2034. No entanto, Domenicali afirmou que o GP da Inglaterra é um evento tão único que poderia negociar um contrato ainda mais longo.
“Não vejo razão para que Silverstone não consiga fazer o que outros já fizeram, se assim quiserem. No ano passado, já demos um passo importante, algo nunca feito antes,” disse ele.
Domenicali vai se reunir com o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, nesta quarta-feira (2), em um encontro que celebra os 75 anos da Fórmula 1. A ideia discutir temas como infraestrutura e os impactos do Brexit com o governo, já que sete das dez equipes de F1 têm sede no Reino Unido.
“Vou destacar ao primeiro-ministro a tecnologia e os centros de excelência que existem no Reino Unido”, disse Domenicali. “E o fato de que, com o Brexit, surgiram complicações nos deslocamentos e nos vistos. Estou dizendo isso porque acho relevante manter a atratividade para que as pessoas queiram trabalhar aqui. Se esse vínculo se perde, o centro da F1 pode acabar se mudando para outro lugar.”
As complicações incluem o sistema de carnê ATA, necessário para transportar equipamentos para a Europa, o que gera custos, tempo e sustentabilidade. Ainda há dificuldades com vistos para quem deseja trabalhar na F1 no Reino Unido, e Domenicali espera que conversar com o governo para trazer resultados.
“Já apresentamos formalmente esse tema, para que ele entre na pauta do governo, e é nosso dever fazer isso de maneira respeitosa e apropriada”, afirmou. “Claro que temos a esperança de que o governo entenda se há uma forma de criar exceções ou alternativas que atendam às nossas necessidades. Não cabe a nós definir as prioridades do governo, mas vamos agir da maneira correta.”