O amplo domínio da McLaren na temporada 2025 da Fórmula 1, tem gerado perplexidade entre os principais concorrentes do grid. Após doze etapas realizadas este ano, a equipe de Woking abriu 238 pontos de vantagem no campeonato de construtores, vencendo a maioria das corridas até o momento, um cenário que poucos previam em um campeonato que prometia ser um dos mais equilibrados da era atual da categoria.
Charles Leclerc, da Ferrari, admitiu que ainda tenta compreender o salto de desempenho dado pela McLaren neste último ano do atual regulamento técnico.
“Gostaria de saber o que fez a McLaren ficar tão rápida este ano”, disse o monegasco. “Com certeza, eles deram um passo significativo, algo que poucos esperavam. Quando se chega ao último ano de um ciclo de regras, normalmente as equipes convergem em desempenho, mas eles conseguiram se destacar.”
Leclerc reforçou que não se trata de uma única solução milagrosa, mas sim de um conjunto de fatores bem executados: “Nunca vem de uma única coisa. São vários detalhes que eles estão fazendo melhor do que os outros, o que no fim das contas gera uma grande diferença”, afirmou.
George Russell, da Mercedes, compartilha a frustração: “Se soubéssemos, não estaríamos tão atrás, para ser sincero. Eles são muito bons com os pneus, em corridas com temperaturas altas, e claramente as atualizações estão funcionando como o esperado.”
O britânico também comentou sobre o atual estágio do desenvolvimento: “Quando você acerta o caminho no desenvolvimento, os ganhos são enormes, e eles claramente encontraram essa trilha certa”, acrescentou.
Leclerc ainda lembrou do desempenho de Oscar Piastri no Bahrein, que o deixou impressionado: “Lembro de um TL3 no Bahrein em que ainda me pergunto como Oscar fez aquela volta com tanto calor. Foi algo muito impressionante”, encerrou o piloto da Ferrari.
No momento, Piastri lidera o campeonato de pilotos com oito pontos de vantagem sobre seu companheiro e equipe, Lando Norris, enquanto Max Verstappen aparece em terceiro, a 69 pontos do australiano. Ferrari, Mercedes e Red Bull, por ora, seguem tentando decifrar o que tornou a McLaren tão inalcançável este ano.
GP de Abu Dhabi