Seria a cruz, o dinheiro de um novato, e a espada, a experiência de Rubens Barichello? Pode ser o contrário, não?
Livio Oricchio, colunista do Estadão, afirmou, em sua coluna de ontem (15/08), que Frank Williams e sua equipe estão em um dilema dificil de ser resolvido: ficar com o brasileiro Rubens Barrichello para a próximo temporada, ou contratar um novato cheio de talento ($$$) para seu lugar?
A Williams, tradicional escuderia de outrora, atualmente necessita desesperadamente de dinheiro. Hoje suas principais fontes de receita são a PDVSA, pretrolífera venezuela traziada por Pastor Maldonado, o dinheiro vindo da FOM, e os patrocínios menores, como Randstad, Thomson Reuters, Att&t e Oris. No total, a equipe deve levantar aproximadamente US$ 100 milhões, enquanto as grandes equipes como Red Bull, McLaren, Ferrari e Mercedes investem cerca de US$ 250 milhões ao ano.
Portanto, pouco dinheiro para quem pretende ser novamente uma equipe vencedora. Então, os problemas de Barrichello começam aí. Frank Williams e sua equipe já deixaram bem claro que querem contar com sua experiência para o próximo ano. No entanto, estima-se que o brasileiro receba US$ 5 milhões por temporada. Alguns jovens pilotos pagariam esse mesmo valor para ingressarem na categoria. O monegasco Stefano Coletti, o italiano Davide Valsecchi, o inglês Sam Bird e o francês Jules Bianchi, todos da GP2, são jovens que estão na espera (e com dinheiro) para assumirem um cockpit na F1.
Agora, é aguardar o restante da temporada. Barrichello já demonstrou vontade de ficar. Perto de completar 40 anos, o brasileiro não parece próximo de uma aposentadoria (quer dizer, essa é sua vontade. Pode ser que o aposentem).
É a Williams entre a experiência de Barrichello, necessária para o bom desenvolvimento de um carro, é o dinheiro de um novato, que, provavelmente, não deve trazer grandes resultados em seu primeiro ano, mas ajudaria a equipe a se manter. No que Frank Williams apostará?
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