Bruno Senna não se arrepende de ano de estreia com a HRT

A estreia de Bruno Senna no Mundial de Fórmula 1 em 2010 esteve longe de ser positiva. Integrado na estreante Hispania, Senna viu-se de forma consistente com um carro lento e instável, incapaz de lutar por posições do meio da tabela. Atualmente, como piloto reserva da Renault, o sobrinho do tricampeão de F1, Ayrton Senna, não lamenta ter entrado na categoria com uma equipe novata, garantindo que se sente satisfeito por estar agora na equipe britânica, mesmo apenas como piloto de reserva.

“Nós progredimos enquanto pilotos porque estamos pilotando. Participar naquelas corridas e no campeonato fez-me compreender a Fórmula 1 de forma diferente. Por um lado, sempre fui competitivo ao longo da minha carreira e fui ao pódio em cada ano – além do ano passado – e estar no fundo do grid não foi o ideal. Sempre melhorei enquanto piloto e, se isso ajudou ou não a minha carreira é outra história, mas como piloto claro que sim”, disse Senna numa longa entrevista ao site ‘Espnf1.com’.

Para 2011, sem um lugar como piloto titular, Bruno Senna conseguiu manter-se na esfera da F1 e ligado a uma equipe mais competitiva, como é o caso da Renault, feito que deixa o brasileiro satisfeito: “Primeiro, é uma grande oportunidade de estar com uma equipe que venceu campeonatos. É o meu segundo ano na F1, o meu primeiro foi com uma equipe pequena e nem sempre pude competir – foi um ano muito difícil. Este ano, posso aprender bastante com a experiência desta equipe e é bom estar dentro da Fórmula 1, num lugar em que o meu nome pode ganhar com as oportunidades certas”, afirmou.

“Estou aqui para elevar o meu nome e acredito que o posso fazer com esta equipe. Se não tiver a oportunidade de ter um lugar para competir no próximo ano, talvez haja no ano seguinte ou em qualquer outro lado no próximo ano. É importante ficar na F1 e a Renault é muito clara de que me estão preparando para qualquer oportunidade que possa aparecer. Eles têm planos para mim, mas eu quero evoluir passo a passo neste momento e espero que quando aparecer o momento certo eu possa ter a oportunidade de estar num bom carro”, acrescentou ainda àquele site.

Por fim, e em resposta a todos aqueles que o acusam de ter chegado à Fórmula 1 com base no seu sobrenome, Bruno Senna desvaloriza esse aspecto e reforça que apenas o talento determina a possibilidade de estar ou não na categoria: “Feliz ou infelizmente, não é por ser sobrinho do Ayrton que vou alcançar mais ou menos coisas na minha carreira. Aquilo que eu conseguir alcançar será através do meu trabalho e também com um pouco de sorte de contar com a oportunidade certa. Mas não é fácil, este é um meio muito difícil e ter essa oportunidade depende do momento e de dar os passos certos. Por vezes, damos um passo em falso e levamos muito tempo a recuperar”, completou.



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